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Ex-diretor do BB aponta para presidente do PT
DA REDAÇÃO
O ex-diretor de gestão de risco do Banco do Brasil, Expedito
Veloso, acusado de ter montado um dossiê contra candidatos
tucanos, revelou, em entrevista
publicada ontem no jornal "O
Tempo", de Belo Horizonte,
que toda a operação foi liderada
por Jorge Lorenzetti, conhecido como churrasqueiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e analista de risco e mídia da
campanha à reeleição.
Segundo Expedito, Lorenzetti agia como interlocutor de
Ricardo Berzoini, presidente
nacional do PT e então coordenador da campanha de Lula.
De acordo com o relato, apenas Lorenzetti tinha contato
com Berzoini. Ele negou que
tenha montado o dossiê e afirmou que fora chamado por Lorenzetti a Cuiabá apenas com o
intuito de "avaliar o conteúdo
técnico" da documentação.
Expedito disse também que o
material era "bem maior" do
que o vídeos e as fotos apreendidos pela Polícia Federal. O
bancário contou ter visto 15
cheques que, no total, somavam R$ 601.230 e outros 20
comprovantes de depósitos
que seriam destinados ao empresário paulista Abel Pereira,
suposto interlocutor da família
Vedoin no ministério da Saúde
durante a gestão Barjas Negri.
Segundo Expedito, os depósitos foram feitos em contas de
empresas a pedido de Pereira
-ele citou a Império Representações Turísticas, de Ipatinga, e
a Datamicro Informática, de
Governador Valadares.
Expedito tentou afastar a
suspeita de que o presidente
Lula soubesse da compra e, ao
final da entrevista, revelou que
os sócios da Planam tentaram
fazer um leilão com os documentos -o lance inicial era de
R$ 20 milhões. O responsável
por obter o dinheiro, contou,
seria Valdebran Padilha. Expedito afirmou, porém, desconhecer de onde a verba sairia.
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