São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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Ex-diretor do BB aponta para presidente do PT

DA REDAÇÃO

O ex-diretor de gestão de risco do Banco do Brasil, Expedito Veloso, acusado de ter montado um dossiê contra candidatos tucanos, revelou, em entrevista publicada ontem no jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, que toda a operação foi liderada por Jorge Lorenzetti, conhecido como churrasqueiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e analista de risco e mídia da campanha à reeleição.
Segundo Expedito, Lorenzetti agia como interlocutor de Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT e então coordenador da campanha de Lula.
De acordo com o relato, apenas Lorenzetti tinha contato com Berzoini. Ele negou que tenha montado o dossiê e afirmou que fora chamado por Lorenzetti a Cuiabá apenas com o intuito de "avaliar o conteúdo técnico" da documentação.
Expedito disse também que o material era "bem maior" do que o vídeos e as fotos apreendidos pela Polícia Federal. O bancário contou ter visto 15 cheques que, no total, somavam R$ 601.230 e outros 20 comprovantes de depósitos que seriam destinados ao empresário paulista Abel Pereira, suposto interlocutor da família Vedoin no ministério da Saúde durante a gestão Barjas Negri.
Segundo Expedito, os depósitos foram feitos em contas de empresas a pedido de Pereira -ele citou a Império Representações Turísticas, de Ipatinga, e a Datamicro Informática, de Governador Valadares.
Expedito tentou afastar a suspeita de que o presidente Lula soubesse da compra e, ao final da entrevista, revelou que os sócios da Planam tentaram fazer um leilão com os documentos -o lance inicial era de R$ 20 milhões. O responsável por obter o dinheiro, contou, seria Valdebran Padilha. Expedito afirmou, porém, desconhecer de onde a verba sairia.


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