São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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Para Aldo, oposição tenta "golpe no tapetão"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse ontem considerar uma tentativa de "golpe no tapetão" a atitude da oposição de pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) investigação sobre o escândalo da venda do dossiê antitucano.
"Achar que vão substituir a vontade do povo brasileiro pelo tapetão dos tribunais é brincar com a democracia, com a vontade do povo", disse Aldo sobre a representação, assinada pelo PSDB e PFL, que levou à abertura de investigação pelo TSE.
"Essas forças procederam dessa forma em 1955, quando tentaram no golpe impedir a posse do presidente Juscelino [Kubitschek], procederam dessa forma em 1961 [renúncia do Jânio Quadros], em 1964 [golpe militar]. Derrotadas nas urnas, essas forças sempre buscam um atalho, e um atalho muitas vezes é um golpe no tapetão, é uma sentença de um tribunal", disse Aldo.
Ele afirmou não acreditar que o tribunal puna Lula. "O desejo das vozes das trevas, das vozes do desespero, não encontrará respaldo no TSE", disse.
O tribunal ainda está na fase de notificar os acusados para a apresentação da defesa. O TSE vai apurar se houve abuso de poder e, em tese, poderá produzir provas para ações futuras pela cassação de um eventual novo mandato de Lula.
A oposição queria uma decisão antes das eleições, mas o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, disse que isso era impossível.
Aldo Rebelo avaliou que o dossiê prejudicou a candidatura de Lula, mas criticou aqueles que dizem ser benéfica para a democracia a realização de um segundo turno. "É melhor para quem, cara pálida?", disse. Segundo ele, a tese corresponde somente "ao próprio interesse de quem a formula".


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