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Para Aldo, oposição tenta "golpe no tapetão"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara dos
Deputados, Aldo Rebelo (PC do
B-SP), disse ontem considerar
uma tentativa de "golpe no tapetão" a atitude da oposição de
pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) investigação sobre o escândalo da venda do
dossiê antitucano.
"Achar que vão substituir a
vontade do povo brasileiro pelo
tapetão dos tribunais é brincar
com a democracia, com a vontade do povo", disse Aldo sobre
a representação, assinada pelo
PSDB e PFL, que levou à abertura de investigação pelo TSE.
"Essas forças procederam
dessa forma em 1955, quando
tentaram no golpe impedir a
posse do presidente Juscelino
[Kubitschek], procederam dessa forma em 1961 [renúncia do
Jânio Quadros], em 1964 [golpe
militar]. Derrotadas nas urnas,
essas forças sempre buscam
um atalho, e um atalho muitas
vezes é um golpe no tapetão, é
uma sentença de um tribunal",
disse Aldo.
Ele afirmou não acreditar
que o tribunal puna Lula. "O
desejo das vozes das trevas, das
vozes do desespero, não encontrará respaldo no TSE", disse.
O tribunal ainda está na fase
de notificar os acusados para a
apresentação da defesa. O TSE
vai apurar se houve abuso de
poder e, em tese, poderá produzir provas para ações futuras
pela cassação de um eventual
novo mandato de Lula.
A oposição queria uma decisão antes das eleições, mas o
presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, disse que isso era
impossível.
Aldo Rebelo avaliou que o
dossiê prejudicou a candidatura de Lula, mas criticou aqueles
que dizem ser benéfica para a
democracia a realização de um
segundo turno. "É melhor para
quem, cara pálida?", disse. Segundo ele, a tese corresponde
somente "ao próprio interesse
de quem a formula".
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