São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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Presidenciável exige da PF informações sobre a origem do dinheiro apreendido

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, cobrou ontem da Polícia Federal informações sobre a origem do R$ 1,7 milhão apreendido com petistas na sexta-feira retrasada. O dinheiro seria usado na compra de munição contra o PSDB.
"A Polícia Federal não é do PT nem do governo, é do Brasil, é o povo quem paga (...) [O governo] está ganhando tempo, enrolando, escondendo a verdade", disse Alckmin.
Horas antes, no ato por um "Brasil decente", Alckmin disse ver a crise com tristeza: "onze dias depois, o governo não consegue explicar de quem é o dinheiro, de onde vem o dinheiro", discursou.
Participante do ato, o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que o PT cometia "improbidade, desonestidade intelectual" ao comparar, no programa presidencial, Polícia Federal à Polícia de São Paulo. Saulo afirmou que a polícia é uma instituição. "Não se pode apoderar de uma instituição pública".
Apesar de elogiar o desempenho da PF, Saulo lamentou que seja reduzido o número de agentes, fazendo com que se opte por casos que dão visibilidade. Segundo ele, é arrogância do presidente agir como se fosse criador da PF.
"Quem faz o trabalho é o agente, o policial. E eles fizeram um bom trabalho. Só falta dizer de onde vem o dinheiro", disse ele, parodiando, em seguida, uma música interpretada por Gal Costa.
Segundo aliados, a estratégia da campanha será insistir na origem do dinheiro. "Queremos a verdade. Esse é o nosso lema", disse o vice José Jorge (PE). "Vamos apertar o calo", afirmou o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC).
O comando de campanha também aposta na ausência de Lula no debate desta quinta-feira, na TV Globo, como impulso para levar Alckmin ao segundo turno. Os aliados já têm traçada a estratégia para repercussão do debate no dia seguinte, no Congresso. "Mesmo sem Lula, o debate nos favorece", disse Bornhausen.
Ontem, em discurso, Alckmin afirmou que "o que falta ao governo Lula são princípios e valores". E acrescentou: "Isso não tem conserto, pode dar a desculpa que der, jogar a culpa nos outros: no Zé Dirceu, no Berzoini, no Genoino. Não. Está faltando um, que é o presidente anterior do PT. O responsável é o Lula".


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