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Presidenciável exige da PF informações sobre a origem do dinheiro apreendido
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, cobrou ontem da Polícia Federal
informações sobre a origem do
R$ 1,7 milhão apreendido com
petistas na sexta-feira retrasada. O dinheiro seria usado na
compra de munição contra o
PSDB.
"A Polícia Federal não é do
PT nem do governo, é do Brasil,
é o povo quem paga (...) [O governo] está ganhando tempo,
enrolando, escondendo a verdade", disse Alckmin.
Horas antes, no ato por um
"Brasil decente", Alckmin disse
ver a crise com tristeza: "onze
dias depois, o governo não consegue explicar de quem é o dinheiro, de onde vem o dinheiro", discursou.
Participante do ato, o secretário de Segurança Pública,
Saulo de Castro Abreu Filho,
disse que o PT cometia "improbidade, desonestidade intelectual" ao comparar, no programa presidencial, Polícia Federal à Polícia de São Paulo. Saulo
afirmou que a polícia é uma instituição. "Não se pode apoderar
de uma instituição pública".
Apesar de elogiar o desempenho da PF, Saulo lamentou que
seja reduzido o número de
agentes, fazendo com que se
opte por casos que dão visibilidade. Segundo ele, é arrogância
do presidente agir como se fosse criador da PF.
"Quem faz o trabalho é o
agente, o policial. E eles fizeram um bom trabalho. Só falta
dizer de onde vem o dinheiro",
disse ele, parodiando, em seguida, uma música interpretada
por Gal Costa.
Segundo aliados, a estratégia
da campanha será insistir na
origem do dinheiro. "Queremos a verdade. Esse é o nosso
lema", disse o vice José Jorge
(PE). "Vamos apertar o calo",
afirmou o presidente do PFL,
Jorge Bornhausen (SC).
O comando de campanha
também aposta na ausência de
Lula no debate desta quinta-feira, na TV Globo, como impulso para levar Alckmin ao segundo turno. Os aliados já têm
traçada a estratégia para repercussão do debate no dia seguinte, no Congresso. "Mesmo sem
Lula, o debate nos favorece",
disse Bornhausen.
Ontem, em discurso, Alckmin afirmou que "o que falta ao
governo Lula são princípios e
valores". E acrescentou: "Isso
não tem conserto, pode dar a
desculpa que der, jogar a culpa
nos outros: no Zé Dirceu, no
Berzoini, no Genoino. Não. Está faltando um, que é o presidente anterior do PT. O responsável é o Lula".
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