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Coligação diz em nota que mantém pedido
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O departamento jurídico da coligação pró-reeleição de Roberto Requião
(PMDB) ao governo do Paraná divulgou nota ontem
à noite confirmando o pedido de procedimento investigatório para quebrar
o sigilo telefônico de quatro jornalistas, e diz que a
intenção "era e é" chegar
às fontes de informação
das reportagens sobre o
caso Délcio Rasera.
Antes da divulgação da
nota, a assessoria de Comunicação do governo do
Paraná havia informado
que a coligação iria "recuar" desse pedido, mas
não é o que diz a nota. ""A
intenção era -e é- descobrir quem seria o servidor
público que, violando a lei,
estava a vazar documentos
sigilosos para a imprensa",
diz a nota, que não traz assinatura, mas teve redação
coordenada pelo advogado
Luiz Calos Delazari, ouvidor-geral do Estado licenciado para a campanha de
Roberto Requião.
A nota afirma que o departamento jurídico não
cometeu "iniciativa ilícita
ou censuratória" e diz que
o que se buscava "é o respeito à lei". Diz que o pedido à Corregedoria do Ministério Público tem caráter administrativo para
providências na apuração
do ""constante e ilegal vazamento de documentos
que estavam sob o manto
do sigilo investigativo, o
que vem a ser crime".
Segundo a nota, a coligação sugeriu ao MP que, entre outras providências,
quebre o "sigilo de dados
telefônicos" de todos promotores e policiais envolvidos na investigação do
caso, mas nega que tenha
interesse no conteúdo das
conversas.
O texto afirma ainda que
"liberdade de imprensa
não pode servir de escudo
para ataques e violações
irreparáveis à honra de
qualquer cidadão".
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