São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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Coligação diz em nota que mantém pedido

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O departamento jurídico da coligação pró-reeleição de Roberto Requião (PMDB) ao governo do Paraná divulgou nota ontem à noite confirmando o pedido de procedimento investigatório para quebrar o sigilo telefônico de quatro jornalistas, e diz que a intenção "era e é" chegar às fontes de informação das reportagens sobre o caso Délcio Rasera.
Antes da divulgação da nota, a assessoria de Comunicação do governo do Paraná havia informado que a coligação iria "recuar" desse pedido, mas não é o que diz a nota. ""A intenção era -e é- descobrir quem seria o servidor público que, violando a lei, estava a vazar documentos sigilosos para a imprensa", diz a nota, que não traz assinatura, mas teve redação coordenada pelo advogado Luiz Calos Delazari, ouvidor-geral do Estado licenciado para a campanha de Roberto Requião.
A nota afirma que o departamento jurídico não cometeu "iniciativa ilícita ou censuratória" e diz que o que se buscava "é o respeito à lei". Diz que o pedido à Corregedoria do Ministério Público tem caráter administrativo para providências na apuração do ""constante e ilegal vazamento de documentos que estavam sob o manto do sigilo investigativo, o que vem a ser crime".
Segundo a nota, a coligação sugeriu ao MP que, entre outras providências, quebre o "sigilo de dados telefônicos" de todos promotores e policiais envolvidos na investigação do caso, mas nega que tenha interesse no conteúdo das conversas.
O texto afirma ainda que "liberdade de imprensa não pode servir de escudo para ataques e violações irreparáveis à honra de qualquer cidadão".


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