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Município "exporta" lixo para vizinhos
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeitura "exporta"
boa parte do lixo do município. Cerca de 4.500 das
9.500 toneladas recolhidas nas residências paulistanas são levadas a um
aterro sanitário de Caieiras (Grande São Paulo).
A situação é provisória.
A Loga, que despeja o material na cidade vizinha, já
apresentou novas áreas
em terras paulistanas para
análise da administração.
Por dia, São Paulo produz 15.600 toneladas de lixo -aí inclusos entulhos,
que têm outra destinação,
os aterros de "inertes".
Um dos dois aterros de
lixo residencial da cidade
já está esgotado. Trata-se
do Bandeirantes, que teve
as atividades encerradas
em março do ano passado.
Hoje, o local, na zona norte, produz energia por gás.
O outro grande aterro, o
São João, só deve receber
detritos até março do ano
que vem, pois está com sua
capacidade quase esgotada. A concessionária que o
utiliza, a Ecourbis, tenta liberar um terreno ao lado
dele para ampliá-lo. Mas o
local, que fica na zona leste, ainda não está liberado.
Uma decisão da Justiça
proibiu o início das obras
enquanto a concessionária não fizer debates com a
comunidade de Mauá, cidade da Grande São Paulo
vizinha do aterro e que poderá sofrer com o despejo
de lixo no local. O investimento para a construção
do novo aterro será de cerca de R$ 122 milhões.
Além de energia, os dois
aterros em solo paulistano
permitiram à prefeitura a
venda de créditos de carbono por controlar a emissão de gases causadores do
efeito estufa.
(CC)
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