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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Sem Serra, Alckmin quer líderes tucanos de fora de SP na reta final
Campanha tucana fez convites a senadores, governadores, deputados e prefeitos; Aécio não confirmou
Alckmistas consideram fundamental a presença de Serra ainda no primeiro turno, já que tucano está empatado com Kassab
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
A campanha do candidato
Geraldo Alckmin (PSDB) planeja atrair para a capital do Estado líderes nacionais da legenda na reta final do primeiro turno, uma vez que não espera
mais contar com o governador
José Serra até o dia da votação.
Ontem, Alckmin comentou a
possibilidade de Serra se licenciar do cargo para participar da
campanha em um provável segundo turno. "É claro que ajuda. E ajuda muito. O Serra é
fundador do partido, companheiro nosso do PSDB e bom
governador de São Paulo."
Reservadamente, no entanto, o comando da campanha
avalia que a presença de Serra
seria fundamental também
nesta reta final, já que Alckmin
está empatado com o prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
Também há reservas quanto
à possibilidade de Serra deixar,
ainda que temporariamente, o
Palácio dos Bandeirantes para
se engajar na disputa eleitoral.
"É uma decisão de foro íntimo [se licenciar], mas vamos
aguardar. O governador é quem
decide e pode avaliar a melhor
maneira de participar, seja no
primeiro ou no segundo turno",
afirmou Alckmin ontem.
Enquanto aguarda Serra, o
ex-governador e seu grupo trabalham para trazer à capital
paulista "estrelas" do PSDB
que engrossariam uma "caminhada rumo ao segundo turno", já na próxima semana.
Ainda não está definido se
Aécio Neves, governador de
Minas Gerais, participará da
caminhada. Ele é o principal
adversário de Serra na disputa
interna dos tucanos para saber
quem irá representar o partido
na sucessão de Lula, em 2010.
Até agora, estão sendo convidados senadores, governadores,
deputados federais e prefeitos
de todos os Estados.
A idéia é mostrar que uma vitória em São Paulo é fundamental para o fortalecimento
do partido rumo a 2010, já que
o grupo de Serra também tem
trabalhado por Kassab.
Quércia
Além da caminhada, a campanha tucana irá centrar fogo
em três pilares na reta final: comunicação, rua e debates. No
primeiro caso, os programas de
TV tendem a ganhar um tom
mais propositivo, até para minimizar críticas de tucanos históricos, como o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso,
de que o "adversário é o PT".
Apesar disso, Alckmin voltou
ontem a "bater" no prefeito
Kassab, chamando sua chapa
de "Quércia-Pitta", em referência ao ex-prefeito Celso Pitta
(PTB) e ao ex-governador
Orestes Quércia (PMDB).
Na campanha de rua, as
ações deverão se concentrar
nas zonas sul e leste da capital.
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