São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Sem Serra, Alckmin quer líderes tucanos de fora de SP na reta final

Campanha tucana fez convites a senadores, governadores, deputados e prefeitos; Aécio não confirmou

Alckmistas consideram fundamental a presença de Serra ainda no primeiro turno, já que tucano está empatado com Kassab

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

A campanha do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) planeja atrair para a capital do Estado líderes nacionais da legenda na reta final do primeiro turno, uma vez que não espera mais contar com o governador José Serra até o dia da votação.
Ontem, Alckmin comentou a possibilidade de Serra se licenciar do cargo para participar da campanha em um provável segundo turno. "É claro que ajuda. E ajuda muito. O Serra é fundador do partido, companheiro nosso do PSDB e bom governador de São Paulo."
Reservadamente, no entanto, o comando da campanha avalia que a presença de Serra seria fundamental também nesta reta final, já que Alckmin está empatado com o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Também há reservas quanto à possibilidade de Serra deixar, ainda que temporariamente, o Palácio dos Bandeirantes para se engajar na disputa eleitoral.
"É uma decisão de foro íntimo [se licenciar], mas vamos aguardar. O governador é quem decide e pode avaliar a melhor maneira de participar, seja no primeiro ou no segundo turno", afirmou Alckmin ontem.
Enquanto aguarda Serra, o ex-governador e seu grupo trabalham para trazer à capital paulista "estrelas" do PSDB que engrossariam uma "caminhada rumo ao segundo turno", já na próxima semana.
Ainda não está definido se Aécio Neves, governador de Minas Gerais, participará da caminhada. Ele é o principal adversário de Serra na disputa interna dos tucanos para saber quem irá representar o partido na sucessão de Lula, em 2010. Até agora, estão sendo convidados senadores, governadores, deputados federais e prefeitos de todos os Estados.
A idéia é mostrar que uma vitória em São Paulo é fundamental para o fortalecimento do partido rumo a 2010, já que o grupo de Serra também tem trabalhado por Kassab.

Quércia
Além da caminhada, a campanha tucana irá centrar fogo em três pilares na reta final: comunicação, rua e debates. No primeiro caso, os programas de TV tendem a ganhar um tom mais propositivo, até para minimizar críticas de tucanos históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que o "adversário é o PT".
Apesar disso, Alckmin voltou ontem a "bater" no prefeito Kassab, chamando sua chapa de "Quércia-Pitta", em referência ao ex-prefeito Celso Pitta (PTB) e ao ex-governador Orestes Quércia (PMDB).
Na campanha de rua, as ações deverão se concentrar nas zonas sul e leste da capital.


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