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OAB divulga nota contra censura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A seção do Distrito Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil
se reuniu para avaliar a censura
prévia à edição de anteontem do
jornal "Correio Braziliense" e divulgou nota afirmando "discordar veementemente do controle
infringido à redação e impressão
de um órgão de imprensa".
A OAB afirma que a Constituição e a Declaração Universal dos
Direitos Humanos estabelecem o
princípio da liberdade de imprensa e do direito coletivo de informação e de vedação à censura
prévia. A posição foi apoiada pelo
conselho federal da entidade.
O vice-presidente da OAB-DF,
Carlos Mário, disse que qualquer
controle sobre a veiculação de informação, pela Constituição, deve
ser feito a posteriori, não a priori.
O presidente da Associação dos
Magistrados Brasileiros, Cláudio
Baudino Maciel, afirmou que não
pode comentar ações sob apreciação judicial. Por isso, disse que
não poderia opinar especificamente sobre o caso, apenas fazer
comentários em tese. Segundo
ele, a liberdade de expressão é um
valor prioritário na Constituição.
Na sua opinião, apenas em casos "especialíssimos" se poderia
impedir a veiculação de uma informação. Por exemplo, a incitação ao racismo. Segundo Maciel,
qualquer pessoa que se julgue vítima de abuso de autoridade pode
recorrer à Justiça.
A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça
do Trabalho) classificou o caso do
"Correio" como uma violência.
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