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São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2003

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RUMO A 2004

Tucanos passaram de 178 prefeitos em 2000 para 276 hoje; PT, na oposição, mudou pouco: de 38 para 40

No governo, PSDB e aliados crescem em SP

Joel Silva/Folha Imagem
Alckmin em evento em Franca (SP); ao fundo, faixas do MST


JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O PSDB, do governador Geraldo Alckmin, foi o partido que mais inchou em todo o Estado desde as eleições de 2000. O número de prefeituras sob o comando tucano passou de 178, naquele ano, para 276 em outubro de 2003. São Paulo tem ao todo 645 municípios.
Enquanto o PSDB e os principais partidos da base aliada engordaram, o PT, maior oposição aos tucanos no Estado, ficou praticamente estável: de 38 prefeituras em 2000, chegou a 40 neste ano. Foram para o PT os municípios de Altinópolis e Igarapava.
Para o presidente estadual do PSDB, Edson Aparecido, o crescimento tem a ver com a organização da legenda em São Paulo, o que teria fortalecido a sigla.
"Fizemos um trabalho de estruturação em todo o Estado. Cerca 60% dos candidatos que teremos serão nomes novos", disse Aparecido, que deve ser eleito hoje presidente municipal do PSDB para coordenar a eleição na capital.
Na oposição, o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, diz que o PSDB saiu pelo Estado "cooptando" prefeituras. "Temos menos cidades, mas elas representam quase 50% da população do Estado. Nossa política não foi sair por aí cooptando prefeitos."

Aliados
Fenômeno parecido com o que aconteceu no PSDB pôde ser observado na base governista de Alckmin. Os dois principais aliados, PFL e PTB, aumentaram o número de prefeituras filiadas.
O PTB, por exemplo, passou de 72 municípios em outubro de 2000 para 95 neste ano. E o PFL, cujo presidente estadual é o vice-governador Cláudio Lembo, foi de 89 para 103.
O raciocínio das siglas leva em conta que um número maior de prefeitos garante uma quantidade mínima de prefeituras em 2004, já que muitos devem ser reeleitos.
Cidades consideradas estratégicas, pelo tamanho ou pela localização, tiveram a interferência da cúpula dos partidos. Foi o caso de Araraquara, no Noroeste paulista, onde o prefeito petista Edinho Silva, que pode disputar a reeleição, foi bastante prestigiado por Lula na sua visita à cidade em agosto.
A reação tucana foi imediata. Alckmin chamou no Palácio dos Bandeirantes Roberto Massafera, o outro nome forte para a disputa na cidade, e o convidou para entrar no PSDB.


Colaborou GUILHERME BAHIA, da Redação


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