São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Aécio, Maia e Itamar faltam ao último comício da campanha tucana em SP

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dias depois de o governador eleito José Serra (SP) faltar ao debate eleitoral para ir ao cinema, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, não compareceu ontem ao último ato de campanha de Geraldo Alckmin à Presidência: um comício no Vale do Anhangabaú, em SP.
Também convidados pelo comando da campanha, o ex-presidente Itamar Franco e o prefeito do Rio, Cesar Maia, não estavam presentes. O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, não compareceu porque enfrenta segundo turno no Estado. O senador Teotonio Vilela Filho (AL) chegou no momento da saída de Alckmin.
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo e o prefeito de Curitiba, Beto Richa, também faltaram.
Para minimizar a ausência de Aécio, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), brincou: "Ele não pôde vir porque está namorando", disse, rindo.
Presidente do PSDB de Minas e um dos principais articuladores de Aécio, o deputado Nárcio Rodrigues afirmou que o governador pedia votos para Alckmin no interior do Estado. Aécio estaria em campanha na região de São João Del Rey.
Serra resistiu à idéia de um comício. Segundo tucanos, ele sugeriu que o partido desistisse da idéia de realização de um ato a céu aberto, recomendando que fosse em lugar fechado.
Ele teria alertado para a dificuldade de arregimentação de público com as novas regras eleitorais. Além disso, tucanos temiam que o evento fosse transformado num violento ato contra o presidente Lula.
E, segundo aliados dos dois governadores eleitos, Serra e Aécio não pretendem fazer oposição raivosa a Lula. Segundo Nárcio, fortalecido pelas urnas, o PSDB terá de "se organizar para criar ambiente para a retomada do crescimento". "Temos que descer do palanque no dia seguinte à eleição e ter responsabilidade com o país", disse Nárcio.
Ainda de acordo com o deputado -que atua como porta-voz de Aécio na Câmara- é preciso "estabelecer diálogo com o governo". Já que enfraquecido, segundo ele, o PT terá de buscar nova composição com a oposição em Brasília.
Os serristas afirmam Serra fará críticas ao governo federal, especialmente à política econômica, mas não como pregam setores do PSDB. Na ala alckmista do partido, a disposição é de manter o tom de ataques ao governo federal.


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