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Aécio, Maia e Itamar faltam ao último comício da campanha tucana em SP
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois dias depois de o governador eleito José Serra (SP) faltar ao debate eleitoral para ir ao
cinema, o governador de Minas
Gerais, Aécio Neves, não compareceu ontem ao último ato de
campanha de Geraldo Alckmin
à Presidência: um comício no
Vale do Anhangabaú, em SP.
Também convidados pelo comando da campanha, o ex-presidente Itamar Franco e o prefeito do Rio, Cesar Maia, não
estavam presentes. O governador da Paraíba, Cássio Cunha
Lima, não compareceu porque
enfrenta segundo turno no Estado. O senador Teotonio Vilela
Filho (AL) chegou no momento
da saída de Alckmin.
O ex-governador de Goiás
Marconi Perillo e o prefeito de
Curitiba, Beto Richa, também
faltaram.
Para minimizar a ausência de
Aécio, o presidente do PSDB,
Tasso Jereissati (CE), brincou:
"Ele não pôde vir porque está
namorando", disse, rindo.
Presidente do PSDB de Minas e um dos principais articuladores de Aécio, o deputado
Nárcio Rodrigues afirmou que
o governador pedia votos para
Alckmin no interior do Estado.
Aécio estaria em campanha na
região de São João Del Rey.
Serra resistiu à idéia de um
comício. Segundo tucanos, ele
sugeriu que o partido desistisse
da idéia de realização de um ato
a céu aberto, recomendando
que fosse em lugar fechado.
Ele teria alertado para a dificuldade de arregimentação de
público com as novas regras
eleitorais. Além disso, tucanos
temiam que o evento fosse
transformado num violento ato
contra o presidente Lula.
E, segundo aliados dos dois
governadores eleitos, Serra e
Aécio não pretendem fazer
oposição raivosa a Lula. Segundo Nárcio, fortalecido pelas urnas, o PSDB terá de "se organizar para criar ambiente para a
retomada do crescimento".
"Temos que descer do palanque no dia seguinte à eleição e
ter responsabilidade com o
país", disse Nárcio.
Ainda de acordo com o deputado -que atua como porta-voz
de Aécio na Câmara- é preciso
"estabelecer diálogo com o governo". Já que enfraquecido,
segundo ele, o PT terá de buscar nova composição com a
oposição em Brasília.
Os serristas afirmam Serra
fará críticas ao governo federal,
especialmente à política econômica, mas não como pregam setores do PSDB. Na ala alckmista do partido, a disposição é de
manter o tom de ataques ao governo federal.
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