São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Laranja diz que só passou dados à casa de câmbio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em depoimento à PF, Viviane Gomes da Silva negou ter realizado uma operação de compra de um lote de US$ 44,3 mil, no dia 21 de agosto, no guichê da casa de câmbio Vicatur, em Nova Iguaçu (RJ).
Ouvida anteontem, ela disse aos policiais que só fornecera seus dados a representantes da Vicatur, procedimento que, segundo ela, também teria sido feito por outros familiares seus.
Os dólares retirados por Viviane fazem parte do conjunto de US$ 29 milhões entre os quais a PF quer rastrear os US$ 110 mil que seriam sido usados para a compra do dossiê.
A linha de investigação, a mais contundente surgida nos 41 dias que o inquérito sobre o dossiê completa hoje, fez a PF trabalhar com a possibilidade de liquidar a apuração do caso nos próximos dias, possivelmente ainda antes do segundo turno das eleições.
No mínimo, as descobertas revelariam crimes praticados por diretores e funcionários da Vicatur, provavelmente como parte de uma engrenagem para fazer circular ou esconder dinheiro de origem ilícita.
A operação atribuída a Viviane consta dos registros que a Vicatur informou ao Banco Central, obrigação que tem como autorizada a transacionar moeda estrangeira.
Com as informações de Viviane, uma típica laranja, usada para esconder os verdadeiros donos da operação financeira, a PF rastreou ao menos outros sete "Gomes" nas transações. Também teriam residência na Baixada Fluminense, na vizinhança da Vicatur.


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