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Laranja diz que só passou dados à casa de câmbio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em depoimento à PF, Viviane Gomes da Silva negou ter
realizado uma operação de
compra de um lote de US$ 44,3
mil, no dia 21 de agosto, no guichê da casa de câmbio Vicatur,
em Nova Iguaçu (RJ).
Ouvida anteontem, ela disse
aos policiais que só fornecera
seus dados a representantes da
Vicatur, procedimento que, segundo ela, também teria sido
feito por outros familiares seus.
Os dólares retirados por Viviane fazem parte do conjunto
de US$ 29 milhões entre os
quais a PF quer rastrear os US$
110 mil que seriam sido usados
para a compra do dossiê.
A linha de investigação, a
mais contundente surgida nos
41 dias que o inquérito sobre o
dossiê completa hoje, fez a PF
trabalhar com a possibilidade
de liquidar a apuração do caso
nos próximos dias, possivelmente ainda antes do segundo
turno das eleições.
No mínimo, as descobertas
revelariam crimes praticados
por diretores e funcionários da
Vicatur, provavelmente como
parte de uma engrenagem para
fazer circular ou esconder dinheiro de origem ilícita.
A operação atribuída a Viviane consta dos registros que a
Vicatur informou ao Banco
Central, obrigação que tem como autorizada a transacionar
moeda estrangeira.
Com as informações de Viviane, uma típica laranja, usada
para esconder os verdadeiros
donos da operação financeira, a
PF rastreou ao menos outros
sete "Gomes" nas transações.
Também teriam residência na
Baixada Fluminense, na vizinhança da Vicatur.
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