DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Se as projeções das pesquisas eleitorais forem confirmadas pelas urnas hoje, José Fogaça será o primeiro prefeito reeleito em Porto Alegre e sairá como o principal nome do PMDB para disputar o governo do Rio Grande do Sul ou o Senado em 2010.
A discussão sobre seu futuro político, que começou na cúpula do PMDB gaúcho em pleno segundo turno, obrigou Fogaça a prometer que não vai se candidatar em 2010. "É meu sentimento pessoal, exclusivo: não saio no meio do mandato."
Fogaça acusa os petistas, que o antecederam em quatro gestões seguidas, de terem criado problemas para a cidade por serem sectários.
"O PT transferia a culpa de tudo ao governo Fernando Henrique. Fazia uma linha adversarial e não dialogava. Não foi meu caso, porque quem não faz isso não governa. É questão de postura política. Não é de subserviência, porque nunca fui subserviente ao Lula, mas é a de convivência produtiva."
Como em 2004, Fogaça chegou ao segundo turno como a opção do antipetismo na cidade. Sua coligação original, composta por PDT e PTB, siglas que apóiam o governo Lula, ganhou apoio de legendas da oposição, como o PSDB da governadora Yeda Crusius e o DEM.
A tucana, que se tornou impopular em virtude de escândalos de corrupção, não foi convidada para gravar depoimentos de TV nem para atos de campanha.
O candidato nega que tenha escondido o apoio, mas critica sutilmente a governadora: "Ela está vivendo dificuldades em razão da política que está fazendo. E essas dificuldades se abatem sobre mim porque sofro dolorosamente pela inexistência de recursos estaduais. Mas eu reconheço que a governadora está fazendo tudo o que pode para tentar recuperar as finanças".
Fogaça foi deputado estadual, deputado federal e senador. (GR e SI)


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