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Grupo de Jader depende de virada em Belém
Duciomar (PTB) tem 50%, e Priante (PMDB), 39%; para PT, derrota do deputado ajuda Ana Júlia em 2010
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O resultado do segundo turno em Belém pode ter reflexos
na aliança entre PT e PMDB no
Pará que viabilizou a eleição da
governadora petista Ana Júlia
Carepa, em 2006.
A vitória do prefeito Duciomar Costa (PTB), líder nas pesquisas, é vista como menos prejudicial à tentativa de reeleição
de Ana Júlia, principalmente
por ele não ser tão conhecido
em outras regiões do Pará.
Já seu adversário, José
Priante (PMDB), é primo do
deputado federal Jader Barbalho (PMDB) e o primeiro político do grupo do ex-senador a ter
chances reais de se eleger na cidade desde 1992.
Segundo pesquisa Ibope divulgada na última quarta-feira,
o prefeito tem 50% das intenções de voto, e o peemedebista,
39% -a margem de erro é de
quatro pontos percentuais.
Se contrariar as pesquisas e
ganhar, ele dará à família o controle sobre a zona metropolitana de Belém, já que um filho de
Jader, Helder Barbalho, conseguiu se reeleger em Ananindeua, principal município nos
arredores da capital.
Algumas alas petistas temem
que a vitória do primo de Jader
possa fortalecer o PMDB e encorajar o partido a lançar um
candidato próprio ao governo
em 2010, desfazendo a parceria
com o PT e Ana Júlia.
O prefeito petebista, que pediu e conseguiu a neutralidade
de Ana Júlia no segundo turno,
apostou durante toda a campanha na publicidade das obras
de sua gestão, boa parte delas
começadas apenas neste ano.
Apesar da neutralidade da
governadora, o PT em Belém
anunciou apoio à candidatura
do peemedebista logo após o
primeiro turno. A aliança era
esperada desde o dia 5, quando
PT e PMDB acenaram com a
possibilidade de apoio mútuo,
independentemente de qual
deles passasse à fase seguinte.
Priante, classificado para o
segundo turno com diferença
de menos de um ponto percentual em relação ao terceiro colocado, Mário Cardoso (PT),
uniu a oposição em torno de
um discurso de renovação, sem
associação direta a Jader.
Mesmo com os candidatos
respondendo a processos por
supostos desvios de recursos
públicos, o clima da disputa era
amistoso até as últimas semanas, quando as acusações se intensificaram e eles chegaram a
bater boca. Eles negam envolvimento nas irregularidades.
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