São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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entrevista

No meu posto, a gasolina é boa, diz deputado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado federal Osório Adriano (DEM-DF), 80, conhecido empresário e político de Brasília, protesta contra a proibição de usar a verba indenizatória da Câmara em sua própria empresa, um posto de gasolina. A justificativa dada pelo congressista é direta: "Eu sei o combustível que eu vendo".

 

FOLHA - O sr. apresentou notas referentes ao Posto Brasal. É proprietário do posto?
OSÓRIO ADRIANO
- Eu não tenho um não, tenho seis. Meia dúzia.

FOLHA - O seu gasto foi com combustível?
ADRIANO
- Se está escrito que é combustível, é combustível. Se vocês estão procurando alguém aí para falar mal, por que você não vem aqui no meu gabinete e eu lhe mostro tudo?

FOLHA - Só temos uma relação dos gastos, não as notas. Queremos saber se o sr. abastecia em seu posto?
ADRIANO
- Até abril do ano passado não havia uma especificação da Câmara para o que era considerado fora [do padrão] e o que era permitido. Então, até abril, eu abasteci no meu posto. Um deles é no caminho da minha casa [para o Congresso].

FOLHA - Não acha a nova regra correta?
ADRIANO
- Eu acho errado até hoje. Eu sei o combustível que eu vendo, modéstia à parte, não há perigo de mistura, de comprar um negócio já batizado.
Mas eu sou obrigado a abastecer num posto de terceiros. Sou obediente aos princípios citados pela Câmara, mas acho isso um absurdo.


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