|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Contratação está prevista na lei, afirma vice
DA REPORTAGEM LOCAL
O vice-presidente do TCE de
São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho, afirma que os
filhos Cláudia, Carolina, 33,
Carlos Eduardo, 31, Camila, 27,
e Cassiana, 25, foram contratados por livre provimento, o que
é previsto em lei.
"Os servidores, cujos nomes
estão mencionados, prestam
serviços que lhes são atribuídos, consoante organização e
economia "interna corporis" do
gabinete do conselheiro", informou Bittencourt por meio
de e-mail enviado à Folha.
O vice-presidente diz que o
genro Adriano Mantesso também chegou a ser nomeado,
mas foi exonerado "há tempo"
do quadro de pessoal.
Para Fúlvio Julião Biazzi,
não há privilégio na contratação dos filhos Fábio, 37, e Cláudio, 34, que trabalham no TCE
há 12 e há quatro anos, respectivamente. "Eles se formaram
advogados com brilhantismo.
Sei que são competentes pela
qualidade dos serviços, pela excelência da faculdade prestada,
pelas boas notas. Empregar parente preparado e trabalhador
é uma coisa. Empregar quem
não trabalha é imoral", diz.
Cláudio Ferraz de Alvarenga
afirma que a nora Helga Araruna Ferraz de Alvarenga entrou
no tribunal quando ainda era
solteira. "Ela é altamente capacitada. Tem pós-graduação, é
professora e chefe de departamento jurídico da FMU e exerce funções condizentes."
O conselheiro Renato Martins Costa, que nomeou a nora
Andrea Martins Costa, diz que
ela é muito competente.
"Eu precisava de alguém leal
e com bom conhecimento jurídico. Infelizmente, a minha nora recebeu uma proposta para
trabalhar em um escritório e
saiu. Acho que não pode haver
discriminação pelo fato de a
pessoa ser parente."
Edgard Camargo Rodrigues
diz que seu filho, Lucas, 29, trabalha há cerca de dois anos no
TCE. Antes, afirma, passou por
um grande escritório de advocacia. "É uma questão de confiança, não confiança pessoal,
mas confiança de que a pessoa
vai cumprir o trabalho corretamente e com competência. Sei
que sou suspeito para falar,
mas pode perguntar aqui no
TCE. Vão dizer o mesmo."
Robson Riedel Marinho afirma que sua irmã, Ione Eneida
Marinho, 45, cumpre corretamente a jornada de trabalho.
"Ele entrou há três anos porque as mães queriam uma psicóloga para a creche, e não
existe cargo concursado para
isso. O trabalho dela é muito
importante."
O presidente Antonio Roque
Citadini não foi localizado pela
Folha. Na semana passada ele
estava em luto pela morte da
mulher. O irmão do conselheiro é o único que passou por
concurso público.
Texto Anterior: Cargos: PMDB nomeou seis dos sete conselheiros do TCE de São Paulo Próximo Texto: Juíza manda PT pagar publicitário petista Índice
|