São Paulo, quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

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Contratação está prevista na lei, afirma vice

DA REPORTAGEM LOCAL

O vice-presidente do TCE de São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho, afirma que os filhos Cláudia, Carolina, 33, Carlos Eduardo, 31, Camila, 27, e Cassiana, 25, foram contratados por livre provimento, o que é previsto em lei.
"Os servidores, cujos nomes estão mencionados, prestam serviços que lhes são atribuídos, consoante organização e economia "interna corporis" do gabinete do conselheiro", informou Bittencourt por meio de e-mail enviado à Folha.
O vice-presidente diz que o genro Adriano Mantesso também chegou a ser nomeado, mas foi exonerado "há tempo" do quadro de pessoal.
Para Fúlvio Julião Biazzi, não há privilégio na contratação dos filhos Fábio, 37, e Cláudio, 34, que trabalham no TCE há 12 e há quatro anos, respectivamente. "Eles se formaram advogados com brilhantismo. Sei que são competentes pela qualidade dos serviços, pela excelência da faculdade prestada, pelas boas notas. Empregar parente preparado e trabalhador é uma coisa. Empregar quem não trabalha é imoral", diz.
Cláudio Ferraz de Alvarenga afirma que a nora Helga Araruna Ferraz de Alvarenga entrou no tribunal quando ainda era solteira. "Ela é altamente capacitada. Tem pós-graduação, é professora e chefe de departamento jurídico da FMU e exerce funções condizentes."
O conselheiro Renato Martins Costa, que nomeou a nora Andrea Martins Costa, diz que ela é muito competente.
"Eu precisava de alguém leal e com bom conhecimento jurídico. Infelizmente, a minha nora recebeu uma proposta para trabalhar em um escritório e saiu. Acho que não pode haver discriminação pelo fato de a pessoa ser parente."
Edgard Camargo Rodrigues diz que seu filho, Lucas, 29, trabalha há cerca de dois anos no TCE. Antes, afirma, passou por um grande escritório de advocacia. "É uma questão de confiança, não confiança pessoal, mas confiança de que a pessoa vai cumprir o trabalho corretamente e com competência. Sei que sou suspeito para falar, mas pode perguntar aqui no TCE. Vão dizer o mesmo."
Robson Riedel Marinho afirma que sua irmã, Ione Eneida Marinho, 45, cumpre corretamente a jornada de trabalho. "Ele entrou há três anos porque as mães queriam uma psicóloga para a creche, e não existe cargo concursado para isso. O trabalho dela é muito importante."
O presidente Antonio Roque Citadini não foi localizado pela Folha. Na semana passada ele estava em luto pela morte da mulher. O irmão do conselheiro é o único que passou por concurso público.


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