São Paulo, sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

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outro lado

"Desempenho não ficou abaixo do esperado", diz campanha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A campanha de Luiz Marinho (PT) não considera pífio o desempenho dos 236 candidatos de 11 siglas bancadas pelo PT que perderam as eleições. Segundo nota enviada pelo escritório do petista, os candidatos a vereador da base de Marinho deram a ele 70 mil votos.
"O desempenho não ficou abaixo do esperado, até porque esses partidos garantiram cerca de 70 mil votos à candidatura de Luiz Marinho, que saiu vitoriosa das urnas", respondeu a assessoria de imprensa de Marinho, em nota.
A pequena quantidade de votos dos não-eleitos parece não ser encarada como derrota, o que reforça a estratégia de transformar candidato a vereador em "cabo eleitoral de luxo".
Segundo a assessoria de Marinho, não chegou até a coordenação da campanha nenhuma reclamação de candidatos que se sentiram usados. "Os candidatos da nossa coligação contaram sempre com o apoio integral das direções partidárias que se empenharam muito e tiveram papel fundamental na vitória do candidato Luiz Marinho. E essa vitória, com 237.617 votos, é uma resposta clara de que a candidatura contou com cabos eleitorais preparados e capacitados".
A equipe de Marinho admite que seria possível assegurar mais três vagas na Câmara de Vereadores, além das conquistadas por seis petistas, se as siglas aliadas tivessem se coligados em grupos de três e não em duplas como foi feito.
No caso da contadora Fabiana Ferreira (PSC), que ganhou R$ 30,6 mil do PT e teve só um voto, a campanha de Marinho diz que coube ao PSC acompanhar o trabalho dos candidatos nas ruas e estabelecer critérios para dividir recursos.
Ramiro Meves, ex-deputado estadual que está no comando do PSC, não respondeu às ligações da reportagem para falar da campanha municipal. Segundo o diretório do partido em São Bernardo, Ramiro -que convidou pessoalmente Fabiana Ferreira para ser candidata- está no Recife.
Para a assessoria de Marinho, as contas de campanha foram aprovadas porque houve um controle rígido de tudo o que foi gasto durante a campanha. Mas, segundo a nota, os recursos mínimos para a realização de uma campanha foram repassados quase na totalidade aos comitês financeiros dos partidos aliados, os únicos responsáveis pela distribuição e pelo assessoramento dos seus respectivos candidatos.
"Campanha de prefeito, de governador e de presidente não se resume à campanha majoritária. Ela está intimamente relacionada às proporcionais", disse Luiz Marinho à Folha, há duas semanas, durante reunião de prefeitos petistas, em Brasília. Na ocasião, ele afirmou ainda que fez um planejamento de longo prazo para criar "condições das candidaturas proporcionais fazerem uma boa campanha para propiciar o resultado que nós alcançamos". (FO)


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