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outro lado
"Desempenho não ficou abaixo do esperado", diz campanha
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A campanha de Luiz Marinho (PT) não considera pífio o
desempenho dos 236 candidatos de 11 siglas bancadas pelo
PT que perderam as eleições.
Segundo nota enviada pelo escritório do petista, os candidatos a vereador da base de Marinho deram a ele 70 mil votos.
"O desempenho não ficou
abaixo do esperado, até porque
esses partidos garantiram cerca de 70 mil votos à candidatura de Luiz Marinho, que saiu vitoriosa das urnas", respondeu a
assessoria de imprensa de Marinho, em nota.
A pequena quantidade de votos dos não-eleitos parece não
ser encarada como derrota, o
que reforça a estratégia de
transformar candidato a vereador em "cabo eleitoral de luxo".
Segundo a assessoria de Marinho, não chegou até a coordenação da campanha nenhuma
reclamação de candidatos que
se sentiram usados. "Os candidatos da nossa coligação contaram sempre com o apoio integral das direções partidárias
que se empenharam muito e tiveram papel fundamental na
vitória do candidato Luiz Marinho. E essa vitória, com 237.617
votos, é uma resposta clara de
que a candidatura contou com
cabos eleitorais preparados e
capacitados".
A equipe de Marinho admite
que seria possível assegurar
mais três vagas na Câmara de
Vereadores, além das conquistadas por seis petistas, se as siglas aliadas tivessem se coligados em grupos de três e não em
duplas como foi feito.
No caso da contadora Fabiana Ferreira (PSC), que ganhou
R$ 30,6 mil do PT e teve só um
voto, a campanha de Marinho
diz que coube ao PSC acompanhar o trabalho dos candidatos
nas ruas e estabelecer critérios
para dividir recursos.
Ramiro Meves, ex-deputado
estadual que está no comando
do PSC, não respondeu às ligações da reportagem para falar
da campanha municipal. Segundo o diretório do partido
em São Bernardo, Ramiro
-que convidou pessoalmente
Fabiana Ferreira para ser candidata- está no Recife.
Para a assessoria de Marinho, as contas de campanha foram aprovadas porque houve
um controle rígido de tudo o
que foi gasto durante a campanha. Mas, segundo a nota, os recursos mínimos para a realização de uma campanha foram
repassados quase na totalidade
aos comitês financeiros dos
partidos aliados, os únicos responsáveis pela distribuição e
pelo assessoramento dos seus
respectivos candidatos.
"Campanha de prefeito, de
governador e de presidente não
se resume à campanha majoritária. Ela está intimamente relacionada às proporcionais",
disse Luiz Marinho à Folha, há
duas semanas, durante reunião
de prefeitos petistas, em Brasília. Na ocasião, ele afirmou ainda que fez um planejamento de
longo prazo para criar "condições das candidaturas proporcionais fazerem uma boa campanha para propiciar o resultado que nós alcançamos".
(FO)
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