São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

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PAINEL

Inimigo interno
Arquiteto da ida de Antonio Palocci à CPI dos Bingos, Tião Viana irritou-se com a intervenção do também petista Aloizio Mercadante ao final do depoimento, acusando a oposição de oportunismo. "Costurei a semana toda e ele vem e faz isso?", lamentou-se para Heloisa Helena.

Amigo do peito
Tião Viana pode se considerar, hoje, o "queridinho" de Palocci. O ministro fez questão de lhe fazer elogios ao término do depoimento na CPI e agradecê-lo pela tranqüilidade da arguição.

Apesar dos pesares
Palocci comemorou com a equipe o saldo de sua ida à CPI. Ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), avaliou que foi bem e elogiou o comportamento da oposição e o "aperfeiçoamento das instituições".

Eletrocardiograma
O secretário-adjunto do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, passou o tempo todo do depoimento com um laptop, monitorando a reação dos mercados, que não se alteraram com a ida de Palocci à CPI.

Vá tranqüilo
De Walter Pinheiro (BA), da esquerda petista, sobre Palocci: "Ele poderia ir a uma CPI por semana, porque os mercados reagem bem, e deixar a Fazenda para outro tomar conta".

PFL amarelou
Divergência na CPI entre ACM e José Agripino. Após intervenção calma do baiano, o líder pefelista subiu o tom. "Senão iriam dizer que a oposição amarelou", justificou Agripino

É luxo só
Com imagem pensadamente despojada, Heloisa Helena surpreendeu a CPI ao falar dos agrados que amigos podem fazer : "Amigas preparam minha cama com lençóis macios e gotas de perfume Obsession (Calvin Klein)", disse para fustigar os relacionamentos de Palocci.

Eles aí de novo
Os bancos Rural e BMG vão voltar ao centro das atenções da CPI dos Correios nas próximas semanas. A subrelatoria de fundos de pensão conclui levantamento sobre o extraordinário crescimento das aplicações dos grandes fundos nessas instituições entre 2003 e 2004.

Olho no calendário
A CPI vai cruzar os dados sobre o crescimento da participação do Rural e do BMG na carteira dos fundos com as datas dos empréstimos concedidos pelos bancos ao PT e às empresas de Marcos Valério.

A volta dos esquecidos
O lobista Nilton Monteiro protocolou ontem na CPI dos Correios um pedido ao presidente Delcídio Amaral "suplicando" para ser ouvido, pois possuiria documentos sobre o caixa dois na campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998.

Empurrão quercista
Orestes Quércia (PMDB) articula para 2 de fevereiro em SP ato de apoio à pré-candidatura de Germano Rigotto a presidente. Pelo menos 7.000 convencionais deverão ser mobilizados.

Ver para crer
Carlos Lessa concluía com sua equipe o texto do programa de governo que prepara para o PMDB, quando um assessor perguntou se acreditava que de fato Anthony Garotinho, eventualmente eleito, o implementaria. "Claro que acredito."

Efeito imediato
Até no grupo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) já é consenso que Gabriel Chalita está fora da disputa pela candidatura ao governo do Estado por conta dos ataques a Gilberto Kassab, o vice pefelista do prefeito José Serra.

Compasso de espera
Definido o candidato tucano a presidente, o diretório paulista do PSDB dará 30 dias de prazo para a escolha do nome que disputará o Bandeirantes.

TIROTEIO

Do senador Heráclito Fortes (PFL-PI) sobre o comportamento de petistas na CPI que ouviu Antonio Palocci:
-Não precisamos mesmo importar azeite. O PT sabe queimar os companheiros com o seu próprio óleo.

CONTRAPONTO

Tem para todos

Em novembro do ano passado, a cúpula do PSDB se reuniu em Brasília para sua convenção nacional. Dividindo o palanque estavam os presidenciáveis Geraldo Alckmin e José Serra, além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A animação era por conta do humorista Tom Cavalcante, conhecido por seus dotes de imitador. Em certo momento, ele começou a reproduzir os trejeitos e a fala pausada de Alckmin. FHC desatou a gargalhar, chamando a atenção de todos, enquanto o governador paulista sorria amarelo a seu lado.
Alguns minutos depois, Cavalcanti virou-se para o senador Tasso Jereissati, presidente do partido, e perguntou:
-Posso continuar com as imitações de tucanos?
Sem saber de quem se tratava, Tasso disse que sim.
Tom passou a imitar FHC. Para a alegria de Alckmin.


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