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PF indicia Suassuna e mais 15 congressistas no caso sanguessuga
O senador e a maior parte dos parlamentares foram acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Peemedebista e deputada do PFL foram ouvidos ontem pela polícia; absolvido no Senado, ele tem negado envolvimento com máfia
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal indiciou
ontem o senador Ney Suassuna
(PMDB-PB) e a deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT) por
envolvimento com a máfia das
ambulâncias. Ao todo, já são 16
congressistas indiciados pela
PF nos inquéritos sobre a máfia
dos sanguessugas.
Foram imputados a Suassuna e Celcita, que não foram reeleitos em 2006, os crimes de
formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Eles foram ouvidos ontem pela PF. A maior parte dos
outros parlamentares foi enquadrada pelos mesmos crimes
atribuídos a Suassuna e Celcita.
Em novembro do ano passado, Suassuna havia sido absolvido pelo Conselho de Ética do
Senado, assim como os senadores Serys Slhessarenko (PT-MS) e Magno Malta (PR-ES)
-também acusados de envolvimento com a máfia.
No caso de Suassuna, o conselho substituiu, por 12 votos a
2, a pena de cassação de mandato por uma censura verbal.
Escutas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial
flagraram o então assessor de
Suassuna, Marcelo de Carvalho, negociando com integrantes da máfia das ambulâncias.
Foram levantadas provas de
que Carvalho recebeu da quadrilha R$ 222,5 mil dos Vedoin,
que chefiavam o esquema de
venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras com recursos públicos liberados por
emendas parlamentares.
Assim que as denúncias contra Carvalho foram divulgadas,
Suassuna o demitiu.
Também absolvida pelo Conselho de Ética da Câmara, a deputada Celcita Pinheiro teria
recebido, segundo Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam
(principal empresa da quadrilha), pelo menos R$ 50 mil para
sua campanha eleitoral.
Os outros indiciados pela PF
são: os petebistas Jonival Lucas
(BA), Neuton Lima (SP), Edna
Macedo (SP) e Nilton Capixaba
(RO). Do PL: Almeida de Jesus
(CE), Júnior Betão (AC) e
Amauri Gasques (SP). Do
PMDB: João Correia (AC) e Teté Bezerra (MT). Além de Reginaldo Germano (PP-BA), João
Grandão (PT-MS), César Bandeira (sem partido, ex-PFL),Vanderlei Assis (PP-RJ) e
Paulo Feijó (PSDB-RJ).
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