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O ministro Edson Vidigal, vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), depôs ontem na Polícia Federal em Mato Grosso no inquérito que apura a venda de decisões judiciais para o crime organizado.
Segundo Vidigal, o conteúdo do depoimento "será publicado no site do STJ para todos tomarem conhecimento". Até o fechamento desta edição, o documento não estava disponível.
Vidigal e seu filho Erick são citados em gravações feitas pela PF, nas quais advogados conversam sobre a obtenção de habeas corpus para denunciado como responsável pela contabilidade do crime organizado em Mato Grosso. A PF investiga suposto elo entre os advogados e Vidigal, como noticiou a Folha no domingo.
O ministro mandou ofício à PF, oferecendo-se para depor. "Mandei um fax para a polícia comunicando que, em virtude dos fatos noticiados pela Folha de S.Paulo, eu, na busca de verdade, me colocava à disposição para prestar os esclarecimentos."
"A rigor, pela Constituição, só podia prestar depoimento perante o Supremo Tribunal Federal, mas não vou permitir que essa fofocada continue em cima de minha vida", disse à Agência Folha. (HUDSON CORRÊA)


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