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OUTRO LADO
Erick afirma que recusou proposta de advogado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Erick Vidigal diz que o primeiro contato do advogado Timóteo Nascimento da Silva foi feito não com ele, mas com um
de seus sócios, chamado Jaison
Della Giustina. A conversa teria
ocorrido no dia 17 de dezembro de 2002.
Girou, segundo afirma, em
torno do caso envolvendo o
traficante Valdenor Alves Marchesan. Timóteo encomendou,
a elaboração de "sustentação
oral". Mais tarde, ao examinar
o processo, Erick o teria recusado por tratar-se de causa envolvendo "tráfico de entorpecentes".
As explicações do filho do
ministro Edson Vidigal constam de uma carta que ele enviou, anteontem, a todos os ministros do STJ. Elaborou o texto "em razão das matérias veiculadas no jornal Folha de S.Paulo", nas quais o nome dele e o de seu pai "são irresponsavelmente citados".
Erick não faz referência a diálogos específicos de grampo telefônico divulgado pela Folha.
Nada escreveu, por exemplo,
acerca dos trechos em que lobistas e advogados de quadrilha de Mato Grosso se referem
a suposta negociação em torno
de uma decisão tomada por seu
pai, o ministro Edson Vidigal.
Sobre reunião com representantes da quadrilha, na capital
mato-grossense, volta a sustentar: após o encontro, ocorrido
na madruga de 22 para 23 de janeiro, teria optado, "independentemente do valor ofertado,
por não aceitar qualquer trabalho vindo de Cuiabá".
Os diálogos captados pela escuta da Polícia Federal indicam
que a negociação prosseguiu
após a reunião. Em entrevista
que concedeu à Folha na última sexta-feira, Erick dissera
que sua saída do caso não foi
abrupta. Saiu "de fininho".
Na carta aos ministros do
STJ, Erick antecipa a intenção
de processar a Folha em razão
do que chamou de "distorções
de minha fala publicadas" pelo
jornal. A entrevista com o filho
de Edson Vidigal foi gravada
pela reportagem.
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