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RODRIGO PINHO
Atual chefe cita afinidade com Marrey
DA REPORTAGEM LOCAL
Rodrigo César Rebello Pinho,
49, que se afastou da Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo
na última quarta para disputar a
reeleição, diz que seu retorno ao
cargo é importante para garantir
ao órgão um perfil mais atento
aos problemas sociais.
Pinho, que tem o apoio do grupo ligado a Luiz Antônio Marrey
(três vezes procurador-geral), não
revela sua preferência política.
Criticado por arquivar denúncias contra promotores, ele disse
lamentar a atuação da Associação
Paulista do Ministério Público,
autora das acusações, e afirmou
que, sempre que teve provas de
práticas ilegais, representou contra membros da instituição.
Folha - O que a gestão do sr. trouxe de positivo para a instituição?
Rodrigo César Rebello Pinho -
Mantive a linha de um compromisso maior com a sociedade.
Realizamos audiências públicas
com temas pertinentes. As sugestões que nasceram desses grupos
foram incorporadas ao plano de
metas da instituição. Sobre a reestruturação da carreira, abandonamos áreas em que era desnecessária a presença de promotores e
permitimos que os promotores
com mais de dez anos de carreira
e 35 anos de idade concorram ao
cargo de procurador-geral.
Folha - Promotores reclamam da
falta de estrutura física para o trabalho, dos gabinetes pequenos...
Pinho - Neste biênio, fizemos novas locações em Bauru, Piracicaba, Mogi-Mirim, Limeira e Santo
André. Em Campinas, conseguimos um espaço novo. Em São
Paulo, compramos um prédio de
dez andares vizinho à sede.
Folha - Por que quer se reeleger?
Pinho - Há dois anos, minha vitória representou a consolidação
de um compromisso do Ministério Público com a defesa da sociedade e com um projeto de reestruturação da instituição. É importante continuar esse modelo,
que teve início com Marrey.
Folha - Marrey, após deixar o Ministério Público, foi para uma secretaria municipal. O sr. acha que
deveria existir uma quarentena antes de um promotor/procurador ingressar numa função política?
Pinho - Eu não aceitaria um cargo político porque o meu trabalho
é aqui, mas quero deixar claro que
o ex-procurador Marrey sempre
atuou com absoluta isenção.
Folha - A oposição diz que o sr.
sempre arquiva ações contra promotores.
Pinho - Não é verdade. No caso
do promotor José Carlos Blat, a
Procuradoria ficou convencida da
inexistência de provas. Investigamos e afastamos outros, mas não
posso revelar os nomes.
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