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Contrato com a Venezuela prevê 60% das ações para Petrobras
Acerto fechado em dezembro sobre a parceria com a PDVSA na refinaria Abreu e Lima, em fase inicial de construção, foi formalizado ontem em Recife
Divulgação/Governo da Venezuela
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A partir da esq., a ministra Dilma, Hugo Chávez, Lula e o governador Eduardo Campos posam para foto após assinatura de contrato entre Petrobras e PDVSA
LETÍCIA SANDER
DA ENVIADA A RECIFE
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA assinaram ontem em Recife (PE) contrato
que estabelece as bases gerais
para a futura sociedade entre as
duas empresas na refinaria
Abreu e Lima, um investimento de US$ 4,05 bilhões, em fase
inicial de construção.
Trata-se de uma formalização do acerto fechado em dezembro durante reunião em
Caracas, e que prevê a participação acionária da Petrobras
no projeto em 60% e, da
PDVSA, em 40%, segundo comunicado divulgado pela Petrobras. A nota também afirma
que foram estabelecidos prazos
para a futura celebração de
acordo entre os acionistas,
além do estatuto social da empresa mista que será criada.
Mas não diz que prazos são esses, sob o argumento de que há
um acordo de confiabilidade.
No comunicado também não
há menção a um dos principais
entraves nas negociações até
agora, a definição sobre a comercialização dos derivados de
petróleo a serem produzidos.
Antes da assinatura do contrato, celebrada à noite na sede do
governo pernambucano, o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que o acerto é "preliminar".
"É um acordo de associação,
mais um passo para a PDVSA se
tornar parceira no empreendimento", disse. As obras vêm
sendo tocadas pela Petrobras.
Assim mesmo, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Hugo Chávez deram ares de resolução do impasse ontem. "Isso merece uma foto", disse Lula, fazendo os signatários darem as mãos em frente aos fotógrafos. "Esse é um filho que
demorou alguns meses para
nascer", afirmou Chávez.
Os dois não deram declarações à imprensa após a assinatura. Os presidentes das empresas também não falaram.
Este é o terceiro encontro de
Lula e Chávez em seis meses
para tentar fechar a parceria.
Ontem eles estiveram em Suape, onde a refinaria será erguida. Até agora, a Petrobras iniciou a terraplanagem do terreno. Segundo a estatal brasileira,
a refinaria terá capacidade para
processar 200 mil barris de petróleo pesado por dia. O início
de operação é previsto para o
segundo semestre de 2010.
A nota divulgada ontem também deixa claro que não houve
avanços no projeto complementar de parceria entre as
duas estatais no campo de Carabobo 1, na Venezuela. A Petrobras diz apenas que "prosseguirá com seus estudos" sobre a
opção de participação societária de até 10% no projeto.
Chávez também apoiou a sugestão de criação de um conselho de defesa da América do
Sul, idéia que, segundo ele, já
foi defendida pelo revolucionário Simon Bolívar e por ele.
Lula e Chávez assinaram ainda outros sete acordos nas
áreas de educação, agricultura,
cooperação empresarial e segurança alimentar.
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