São Paulo, quarta-feira, 27 de maio de 2009

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Não existe foco terrorista no país, diz Tarso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que "não há nenhum foco terrorista organizado" no Brasil e que o libanês K. foi preso por racismo. Segundo Genro, o governo não trabalha com a possibilidade de que ele tenha relações com a Al Qaeda.
"Esse é um dos tantos inquéritos que a Polícia Federal tem, de investigação de crimes através da internet, e que esse cidadão estava cometendo. Não se trata de ações terroristas, mas de crimes comuns", afirmou Tarso.
Mais tarde, em conversa com jornalistas, o ministro afirmou que K. foi preso porque "cometia racismo pela internet. Essa foi a motivação do inquérito e a motivação da prisão."
Em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou irritação com o vazamento da notícia da prisão. "Parece que as denúncias não partiram do Brasil, parece que a notícia vem de fora. E eu quero dizer que acho desrespeitoso alguém de fora dar um palpite sobre um cidadão, independentemente de sua origem, que foi preso, e está sendo processado sob segredo de Justiça. Essa não é uma boa política e o Brasil não tem o hábito de dar palpite sobre as coisas dos outros países. Eu queria que o Brasil fosse respeitado nisso", disse.
O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) disse ontem que pedirá a realização de uma audiência pública conjunta das comissões de Segurança Pública e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados com representantes do governo para discutir a prisão do libanês.
"O sistema de controle de entrada de terroristas no país é um verdadeiro queijo suíço. O Brasil passou a atrair esses elementos em razão da política externa do governo de aproximar-se de regimes autoritários do mundo árabe", disse Jungmann.


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