|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Não existe foco terrorista no país, diz Tarso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Justiça,
Tarso Genro, disse que
"não há nenhum foco terrorista organizado" no
Brasil e que o libanês K. foi
preso por racismo. Segundo Genro, o governo não
trabalha com a possibilidade de que ele tenha relações com a Al Qaeda.
"Esse é um dos tantos
inquéritos que a Polícia
Federal tem, de investigação de crimes através da
internet, e que esse cidadão estava cometendo.
Não se trata de ações terroristas, mas de crimes comuns", afirmou Tarso.
Mais tarde, em conversa
com jornalistas, o ministro afirmou que K. foi preso porque "cometia racismo pela internet. Essa foi a
motivação do inquérito e a
motivação da prisão."
Em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva manifestou irritação
com o vazamento da notícia da prisão. "Parece que
as denúncias não partiram
do Brasil, parece que a notícia vem de fora. E eu quero dizer que acho desrespeitoso alguém de fora dar
um palpite sobre um cidadão, independentemente
de sua origem, que foi preso, e está sendo processado sob segredo de Justiça.
Essa não é uma boa política e o Brasil não tem o hábito de dar palpite sobre as
coisas dos outros países.
Eu queria que o Brasil fosse respeitado nisso", disse.
O deputado federal Raul
Jungmann (PPS-PE) disse
ontem que pedirá a realização de uma audiência
pública conjunta das comissões de Segurança Pública e Defesa Nacional da
Câmara dos Deputados
com representantes do governo para discutir a prisão do libanês.
"O sistema de controle
de entrada de terroristas
no país é um verdadeiro
queijo suíço. O Brasil passou a atrair esses elementos em razão da política
externa do governo de
aproximar-se de regimes
autoritários do mundo
árabe", disse Jungmann.
Texto Anterior: PF investiga estrangeiro por racismo na internet Próximo Texto: Saiba mais: Grupo divulga ideias radicais pela internet Índice
|