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PF faz devassa em contratos do Tocantins com a Funasa
Secretaria dirigida pelo pai do governador é vasculhada
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PALMAS
A Polícia Federal prendeu
ontem dois engenheiros da Funasa (Fundação Nacional de
Saúde), apreendeu documentos e vasculhou computadores
nas sedes do órgão em Brasília
e em Palmas, em sete prefeituras do Tocantins e na Secretaria Estadual de Infraestrutura,
cujo titular é José Edmar Brito
Miranda, pai do governador
Marcelo Miranda (PMDB-TO).
Em parceria com a CGU e o
Ministério Público Federal, a
Operação Covil investiga suposto desvio de R$ 3,8 milhões:
servidores da Funasa recebiam
propinas e usavam firmas de fachada para mascarar sua ligação com obras de saneamento.
Os convênios eram celebrados pela Funasa com o governo
estadual e as prefeituras. O procurador Rodrigo Luiz Bernardo
Santos diz que não há indícios
da participação de Brito Miranda, mas que as irregularidades
sugerem "anuência ou conivência ou ainda total descontrole de seus funcionários".
O coordenador da Funasa no
Tocantins, João dos Reis Ribeiro Barros, foi afastado. Francisco de Paula Vítor Moreira e Lázaro Harley Assis foram presos.
O governo do Tocantins diz
esperar "que os fatos sejam esclarecidos" e, "havendo a comprovação de quaisquer irregularidades", que "todas as medidas cabíveis serão tomadas". A
Funasa diz que afastou o coordenador regional, sustou os repasses e bloqueou as contas dos
convênios. A Folha não localizou os advogados dos presos.
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