São Paulo, quarta-feira, 27 de maio de 2009

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PF faz devassa em contratos do Tocantins com a Funasa

Secretaria dirigida pelo pai do governador é vasculhada

CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PALMAS

A Polícia Federal prendeu ontem dois engenheiros da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), apreendeu documentos e vasculhou computadores nas sedes do órgão em Brasília e em Palmas, em sete prefeituras do Tocantins e na Secretaria Estadual de Infraestrutura, cujo titular é José Edmar Brito Miranda, pai do governador Marcelo Miranda (PMDB-TO).
Em parceria com a CGU e o Ministério Público Federal, a Operação Covil investiga suposto desvio de R$ 3,8 milhões: servidores da Funasa recebiam propinas e usavam firmas de fachada para mascarar sua ligação com obras de saneamento.
Os convênios eram celebrados pela Funasa com o governo estadual e as prefeituras. O procurador Rodrigo Luiz Bernardo Santos diz que não há indícios da participação de Brito Miranda, mas que as irregularidades sugerem "anuência ou conivência ou ainda total descontrole de seus funcionários".
O coordenador da Funasa no Tocantins, João dos Reis Ribeiro Barros, foi afastado. Francisco de Paula Vítor Moreira e Lázaro Harley Assis foram presos.
O governo do Tocantins diz esperar "que os fatos sejam esclarecidos" e, "havendo a comprovação de quaisquer irregularidades", que "todas as medidas cabíveis serão tomadas". A Funasa diz que afastou o coordenador regional, sustou os repasses e bloqueou as contas dos convênios. A Folha não localizou os advogados dos presos.


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