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Corregedor do TJ do Amazonas é afastado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O CNJ (Conselho Nacional
de Justiça) decidiu afastar de
forma preventiva o corregedor-geral da Justiça do Amazonas,
Jovaldo dos Santos Aguiar, 68.
A decisão vale até a conclusão de uma investigação sobre
paralisação "indevida" de processos contra magistrados do
TJ-AM (Tribunal de Justiça do
Amazonas), e sobre um suposto
desaparecimento de um procedimento que corria contra
Aguiar antes de sua posse na
corregedoria.
É a primeira vez, desde a criação do CNJ, que um corregedor
de Justiça é afastado por supostas irregularidades. A função de
quem ocupa o cargo é apurar
ilegalidades cometidas por juízes e abrir processos disciplinares contra eles.
Para o corregedor do CNJ,
ministro Gilson Dipp, existem
"indícios graves de violações
dos deveres funcionais do magistrado".
Aguiar assumiu a Corregedoria do TJ-AM para o biênio
2008-2010. Enquanto estiver
afastado, ele perderá direitos
relativos ao cargo, como carro
oficial, motorista e nomeação
de servidores para funções comissionadas.
Outro desembargador será
nomeado para o cargo enquanto Aguiar estiver ausente. Os
processos sob sua responsabilidade serão redistribuídos.
Se as irregularidades forem,
ao final, confirmadas, ele poderá ser aposentado por determinação do CNJ.
A Folha entrou em contato
com o gabinete de Aguiar e
conversou com o seu assessor
jurídico, Milardson Rodrigues.
Ele informou que o desembargador passou o dia reunido
com sua defesa, em Brasília, e
que deverá entrar com recurso
nos próximos dias, alegando
que não teve direito de defesa.
Segundo ele, o processo contra Aguiar, que havia desaparecido, foi encontrado um dia
após o prazo estabelecido pelo
CNJ para sua localização e teria sido enviado ao conselho.
Sobre os processos paralisados, o assessor disse que todos
eles se tratavam de investigações sob o comando de gestões
anteriores.
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