São Paulo, Quinta-feira, 27 de Maio de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presidente é contra comissão

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, por intermédio de sua assessoria, que "não há nenhuma necessidade de esclarecimento adicional" no caso da privatização da Telebrás que justifique a realização de uma CPI.
O porta-voz da Presidência, Georges Lamazière, disse que o presidente considera que o assunto "já foi mais do que esclarecido" e que "os argumentos já foram reiterados diversas vezes desde o ano passado e repetidos ontem (anteontem), em nota oficial".
O mesmo argumento foi usado pelo porta-voz para responder ao Ministério Público Federal no Rio, que anteontem concluiu ter havido "interferência do poder público no leilão da Telebrás para favorecer grupos privados".
"O caráter de um leilão é diferente de uma licitação e cabe ao governo incitar maior competição, estimular um maior número de competidores e zelar pela qualidade dos competidores, tanto do ponto de vista técnico quanto financeiro. E, numa última análise, quem define um leilão é o preço e sobre isso não há nenhuma possibilidade de interferência", disse Lamazière.
O presidente disse ainda que não sabe quem foram os responsáveis pelo grampo. Ontem, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) afirmou dispor do nome de testemunhas, que seriam agentes da inteligência do governo, que se dispõem a revelar à Justiça a autoria do grampo se dispuserem de anistia preventiva.


Texto Anterior: Governo barra tentativa da oposição de instalar CPI
Próximo Texto: PSDB vai manter apoio a ex-ministro
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.