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Presidente é contra comissão
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, por
intermédio de sua assessoria, que
"não há nenhuma necessidade de
esclarecimento adicional" no caso
da privatização da Telebrás que
justifique a realização de uma CPI.
O porta-voz da Presidência,
Georges Lamazière, disse que o
presidente considera que o assunto "já foi mais do que esclarecido"
e que "os argumentos já foram reiterados diversas vezes desde o ano
passado e repetidos ontem (anteontem), em nota oficial".
O mesmo argumento foi usado
pelo porta-voz para responder ao
Ministério Público Federal no Rio,
que anteontem concluiu ter havido "interferência do poder público
no leilão da Telebrás para favorecer grupos privados".
"O caráter de um leilão é diferente de uma licitação e cabe ao governo incitar maior competição, estimular um maior número de competidores e zelar pela qualidade
dos competidores, tanto do ponto
de vista técnico quanto financeiro.
E, numa última análise, quem define um leilão é o preço e sobre isso
não há nenhuma possibilidade de
interferência", disse Lamazière.
O presidente disse ainda que não
sabe quem foram os responsáveis
pelo grampo. Ontem, o deputado
Miro Teixeira (PDT-RJ) afirmou
dispor do nome de testemunhas,
que seriam agentes da inteligência
do governo, que se dispõem a revelar à Justiça a autoria do grampo se
dispuserem de anistia preventiva.
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