São Paulo, sexta, 27 de junho de 1997.



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Painel

Operação salvamento
ACM prometeu ao PMDB pedir ao PFL catarinense que espere o fim da CPI dos Precatórios para decidir a sorte do governador Paulo Afonso. E que faça uma reflexão especial sobre o caso do vice José Augusto Hulse.


Apagando incêndio
A ameaça de cassação do vice Hulse (SC) foi o que rebelou o PMDB. Seria, segundo seus líderes disseram a ACM, um golpe do PFL para tomar o governo. O que poderia levar o partido até a deixar a base governista.

Repercussão federal
FHC está preocupado com a crise na relação PMDB e PFL, os dois maiores partidos da base aliada, por causa dos reflexos que pode ter no Congresso. Estimula um entendimento.

Serviço leve
O Congresso será convocado para trabalhar extraordinariamente só até 25 de julho, uma sexta. O tempo preciso para o Planalto desatar a votação que importa: prorrogar o FEF.

Nada pessoal
Inocêncio Oliveira diz que não tem interesse pessoal algum na reforma administrativa, como foi acusado por tucanos. Nem mesmo uma aposentadoria. "O PFL vai dar o maior número de votos para aprovar a reforma."

Rixa antiga
O Planalto avalia que a crise na polícia mineira está sob controle. Apesar da rivalidade histórica entre o Exército e a PM: o mastro da bandeira do 12º Batalhão de Infantaria ainda tem as marcas das balas da Revolução de 30.

Armadilha evitada
A crise na PM de Minas levou o Exército a concluir que tomou a decisão certa no governo passado, quando rejeitou a concessão de aumentos diferenciados para oficiais e subalternos proposta por Itamar Franco.


Barril de pólvora

Apesar da crise na PM, o governo mineiro deve mobilizar 130 policiais para uma ação de reintegração de posse de uma fazenda ocupada por 184 famílias de sem-terra hoje em Paracatu.

Estranha coincidência
A comissão do PT que investiga as denúncias de Paulo de Tarso apurou que algumas prefeituras só conseguiam receber repasses atrasados do ICMS da Secretaria da Fazenda após contratar consultorias, como a Cpem.


Tema atual
O STF deve se manifestar em breve sobre a ação direta de inconstitucionalidade, movida por Eujácio Simões (PL), sobre cobrança retroativa do FEF no início de 96. Aguarda parecer de Brindeiro (Procuradoria-Geral).


Dança das siglas 1

O governador Jaime Lerner (PDT-PR) disse a interlocutores que vai mesmo para o PFL. Os detalhes foram acertados com Jorge Bornhausen (PFL-SC) por telefone no último domingo.


Dança das siglas 2
O tucano Eduardo Coelho (SP) assume a vaga na Câmara do pefelista Maurício Najar, novo secretário do Bem-Estar Social paulistano. Com a troca, a bancada do PSDB chega a 98 deputados. E a do PFL cai para 104.


Ação católica
A CNBB definiu que o tema da Campanha da Fraternidade de 98 será "Educação". Ontem, o fotógrafo Sebastião Salgado cedeu uma foto de uma sem-terra para o cartaz da campanha.

Sintonia popular
Com as ruas de Belo Horizonte (MG) e Florianópolis (SC) pegando fogo, o líder do governo Élcio Álvares falou por quase uma hora no Senado. Sobre o centenário de nascimento de Magalhães Neto, pai de ACM.


Alto escalão
O presidente do Chile, Eduardo Frei, enviou carta a FHC pedindo a extradição dos chilenos que participaram do sequestro do empresário Abílio Diniz.


Fazendo as malas
Vereador mais votado em São Paulo nas duas últimas eleições e presidente da Câmara Municipal, Nelo Rodolfo (PPB) não deve terminar seu mandato atual. Vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 98.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO

De Milton Mendes (PT-SC), sobre Esperidião Amin dizer que é por falta de argumentos que o PMDB diz que apoiaria um candidato do PT caso Paulo Afonso e seu vice sejam destituídos:
- O PMDB é tudo menos bobo. Sabe que o PPB é especialista em precatórios e escândalos.


CONTRAPONTO

Desculpa gastronômica
Contrária à idéia, a oposição tentou de todas as formas atrapalhar a votação da emenda que prorroga o FEF (Fundo de Estabilização Fiscal) na comissão especial, anteontem.
Paulo Bernardo (PT-PR) foi um dos deputados que mais falaram contra o projeto.
A certa altura, ele percebeu que todos os integrantes da Mesa estavam falando ao celular: o presidente Luciano Pizzato (PFL-PR), a relatora Yeda Crusius (PSDB-RS) e até a secretária da comissão.
Bernardo não resistiu. Interrompeu o discurso sobre o FEF e comentou em tom de blague:
- Assim não dá. Depois que acabar eu vou ter que ligar para eles e repetir tudo pelo telefone.
A sala veio abaixo.
Pizzato, porém, não achou graça na brincadeira:
- Tudo bem, eu peço desculpas. Mas você não pode me tratar assim. Eu estou aqui desde manhã. Nem almocei. Só comi um chocolate.



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