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LONDRINA
Cassação atrapalha Lerner
PFL não expulsará Belinati do partido
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A direção do PFL do Paraná decidiu ontem não expulsar o prefeito cassado de Londrina, Antônio Belinati, aliado do governador
Jaime Lerner e marido da vice-governadora, Emília Belinati. A direção estadual transferiu a decisão para a comissão municipal,
controlada por Belinati.
O major Adalberto Pereira, vereador do PFL em Londrina que
se opõe a Belinati, tentou ontem
em Curitiba conseguir a expulsão
de Belinati do partido.
Em nota oficial, a direção do
PFL informou que remeteu o pedido de expulsão para a Comissão
Provisória de Londrina, decisão
que mantém Belinati no PFL.
O presidente da Comissão Provisória do PFL em Londrina, Farage Khouri, 51, criticou Pereira e
os outros dois vereadores do PFL
(Carlos Santa Rosa e Antônio Ursi) que querem a expulsão.
"Esses vereadores querem mídia e estão conseguindo. Eles querem execrar o Belinati, que terá
todo o direito de defesa em nosso
partido", afirmou Khouri.
O PFL em Londrina trabalha
contra o tempo para garantir que
Belinati reverta sua situação política até 24 de agosto, prazo máximo para os partidos trocarem
seus candidatos às eleições. Caso
consiga anular a sessão que cassou seu mandato de prefeito, Belinati substituiria Khouri como
candidato a prefeito em outubro.
A cassação de Belinati em Londrina, segundo maior colégio eleitoral do Paraná, atrapalha os planos do governador Jaime Lerner
de fazer seu sucessor nas eleições
para governador em 2002. Na
eleição de 98, a votação para Lerner em Londrina foi fundamental
para sua vitória contra o senador
Roberto Requião (PMDB).
Na pesquisa Datafolha publicada anteontem, a taxa de desaprovação de Lerner subiu de 22% para 27%. O governador disse que
recebia a avaliação com "humildade" e evitou falar sobre o caso
Belinati. Disse que é preciso "separar o assunto do município de
Londrina da vice-governadora".
"Só a Justiça vai pôr um ponto final nessa história", declarou.
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