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Sessão de cassação será secreta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado decidirá cassar ou
não o mandato do senador Luiz
Estevão (PMDB-DF) amanhã, às
10h, em sessão extraordinária que
será secreta. A imprensa não terá
acesso ao plenário. E não haverá
transmissão pela TV Senado. Até
a segurança terá de ficar de fora.
Só poderão estar no plenário os
81 senadores, advogados de Estevão e servidores da Secretaria Geral da Mesa requisitados pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O artigo 197 do regimento interno do Senado determina que as
sessões sejam secretas quando
destinadas a decidir sobre ""declaração de guerra, acordo sobre a
paz e perda de mandato ou suspensão de imunidade de senador
durante o estado de sítio".
A sessão passará a ser fechada a
partir do momento em que ACM
anunciar o único item da ordem
do dia: o projeto de resolução do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que determina a cassação
do mandato de Estevão por quebra de decoro parlamentar.
A sessão foi marcada para durar
quatro horas, mas pode ser prorrogada pelo tempo que os senadores quiserem.
Primeiro, o presidente do Senado dará a palavra aos relatores no
conselho de ética, Jefferson Péres
(PDT-AM), e na CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça), Romeu
Tuma (PFL-SP). Cada um poderá
falar por 30 minutos, prorrogáveis por mais 20 minutos.
Depois, os advogados de Estevão terão o mesmo prazo (de até
50 minutos) para apresentar a defesa. Parte desse tempo poderá ser
usada pelo próprio senador.
Em seguida, será aberto o prazo
de discussão. Cada senador poderá falar por até dez minutos. Estevão terá direito ao mesmo prazo,
para falar como senador.
No final, os relatores poderão
novamente se pronunciar (por
tempo que não foi especificado
pela Secretaria Geral da Mesa).
Posteriormente, a defesa terá a última palavra antes da votação.
Não haverá encaminhamento de
votação, já que a decisão dos senadores é secreta.
Os senadores terão de registrar
seu voto no painel eletrônico. O
resultado final não será publicado
no "Diário do Senado". Será divulgada apenas a decisão.
Estevão só perderá o mandato
se pelo menos 41 senadores
-primeiro número inteiro acima
da metade do número de senadores, segundo decisão do STF (Supremo Tribunal Federal)- votarem a favor da cassação.
Aprovado o Projeto de Resolução do Conselho de Ética, Estevão
perde o mandato e fica impedido
de se candidatar por oito anos a
partir do fim de seu mandato.
Se for cassado, Estevão perde o
foro privilegiado -o STF, após
autorização do Senado Federal-
para ser processado e julgado.
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