DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relatório final sobre as irregularidades na Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) indicia 62 servidores por envolvimento em fraudes.
A extinta autarquia, responsável pelo financiamento de projetos industriais na Amazônia, possui 506 servidores. Isso significa que mais de 10% dos funcionários estiveram de alguma maneira envolvidos em irregularidades.
O relatório também aponta o descredenciamento de 12 empresas de consultoria que faziam projetos para empresários que pretendessem conseguir financiamentos da Sudam. Entre elas aparece a consultoria de Maria Auxiliadora Barra Martins, ex-servidora do órgão. Seus projetos estão entre os campeões de irregularidades encontradas pela auditoria.
Os bens de Maria Auxiliadora e da sua família foram declarados indisponíveis. Além disso, sete fazendas no Acre e no Amapá também estão indisponíveis. Segundo o relatório de Diogo Cyrillo, interventor na Sudam, a soma dos bens chega a R$ 7 milhões.
A documentação foi entregue ontem para a corregedora-geral da União, Anadyr Rodrigues, que vai acompanhar o resultado das investigações que estão sendo feitas pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal.
O relatório indica, ainda, que 10 empresas que receberam recursos da Sudam passarão por auditorias mais detalhadas. São elas Agroindustrial Mamorama, Agroindustrial Vale do Iriri, Agroindustrial Terra Norte, Aparatex Indústria Têxtil do Pará, Indústria e Confecção Midas, Agroindustrial Tramandaí, Indústria de Café Ouro Preto, Rio Angar Agroindustrial, Tropical Indústria de Alimentos e Planalto Agroindustrial.
Outros 62 projetos financiados pelo governo já foram cancelados por terem sido confirmadas irregularidades. A maior parte dos cancelamentos, 37, foi feita no Pará. Outros 8 são de Mato Grosso, 7 no Tocantins, 5 no Maranhão e 4 no Amazonas.
Os responsáveis pelos 62 projetos terão que devolver os recursos recebidos.


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