São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 2002

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Frente diverge sobre estratégia

DA REPORTAGEM LOCAL

O comando da campanha do presidenciável Ciro Gomes (PPS) está dividido quanto à estratégia a ser seguida diante da subida de seu candidato nas últimas pesquisas de intenção de voto.
Enquanto lideranças do PTB defendem uma polarização com o candidato do PSDB, José Serra, setores ligados ao ex-ministro apostam em um confronto com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como a melhor opção.
Na avaliação dos petebistas, o governo federal prefere enfrentar Lula em um eventual segundo turno pela certeza de que pode novamente derrotar o petista.
Diante disso, pretendem concentrar ataques no tucano com o objetivo único de garantir uma vaga no segundo turno.
Já os interlocutores do presidenciável do PPS esperam, ao atacar Lula, passar ao eleitorado e a Serra a idéia de que já se consideram na segunda fase da disputa.
Em um ponto, entretanto, os dois grupos dizem concordar. Ambos afirmam que está descartada a hipótese de realização de investigações sobre qualquer um dos adversários de Ciro.
""Não vamos entrar nesse jogo de dossiês", disse um petebista que preferiu não se identificar. ""Até porque eles [os tucanos" fazem isso melhor do que nós", completou outro apoiador da chapa da Frente Trabalhista.
Com isso, o presidenciável pretende claramente fixar sua imagem como a de um adepto do "fair play" em contraposição com a de Serra, o candidato dos ""conchavos e futricas", como o próprio ex-ministro tem declarado.
De acordo com Ciro, tanto o escândalo envolvendo a ex-governadora Roseana Sarney (PFL) como as atuais denúncias contra o PT foram produzidas por pessoas ligadas a Serra. (PATRICIA ZORZAN)



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