São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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Petista ficou isolado na eleição, diz Alckmin

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM UBERLÂNDIA

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que o fato de o PMDB não ter tomado posição partidária na disputa presidencial é uma derrota de seu principal adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Alckmin, Lula está "isolado".
"Nosso adversário, o Lula, com a máquina do governo na mão, estando sentado na cadeira do presidente, com a utilização da máquina pública, não conseguiu fazer coligação. Nem [com] o PSB. Está isolado, ele e o PC do B", disse o tucano.
Alckmin, que participou de uma feira ontem à noite em Uberlândia, disse que, apesar de não ter feito aliança com o PMDB, terá o apoio das "mais expressivas lideranças" do partido: os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Joaquim Roriz (DF), o governador licenciado de Santa Catarina, Luiz Henrique, e o ex-prefeito de Campo Grande André Puccinelli. "E, nas próximas semanas, espero o apoio de todo o diretório do Paraná. As coisas vão caminhar bem", disse Alckmin.
O tucano disse dar pouca importância ao fato de o PMDB ter lançado candidato próprio em São Paulo. Questionado sobre Orestes Quércia, Alckmin afirmou que o PSDB já contava que na disputa em São Paulo tivesse de cinco a sete pré-candidatos, mas que "o favoritismo do Serra é muito grande".
Alckmin era o que mais insistia para que Serra não indicasse o vice de sua chapa ao governo paulista enquanto houvesse esperança de um acordo com o PMDB, pois essa aliança o ajudaria na disputa presidencial.
Ele disse que, ao contrário de Lula, a coligação que o sustenta (PSDB-PFL) lhe "garante bons palanques nos Estados e o maior tempo de televisão".
Ao lado do governador Aécio Neves (PSDB-MG), Alckmin evitou dizer se atenderá ao pedido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que seus aliados devem fazer a comparação entre os governos FHC e Lula: "Sempre que necessário, nós vamos defender o governo do presidente Fernando Henrique". Mas logo depois afirmou: "Nós vamos falar do futuro, que é o que interessa à população brasileira".


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