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Petista ficou isolado na eleição, diz Alckmin
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM UBERLÂNDIA
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse
que o fato de o PMDB não ter
tomado posição partidária na
disputa presidencial é uma derrota de seu principal adversário, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Segundo
Alckmin, Lula está "isolado".
"Nosso adversário, o Lula,
com a máquina do governo na
mão, estando sentado na cadeira do presidente, com a utilização da máquina pública, não
conseguiu fazer coligação. Nem
[com] o PSB. Está isolado, ele e
o PC do B", disse o tucano.
Alckmin, que participou de
uma feira ontem à noite em
Uberlândia, disse que, apesar
de não ter feito aliança com o
PMDB, terá o apoio das "mais
expressivas lideranças" do partido: os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Joaquim Roriz (DF), o governador
licenciado de Santa Catarina,
Luiz Henrique, e o ex-prefeito
de Campo Grande André Puccinelli. "E, nas próximas semanas, espero o apoio de todo o diretório do Paraná. As coisas vão
caminhar bem", disse Alckmin.
O tucano disse dar pouca importância ao fato de o PMDB
ter lançado candidato próprio
em São Paulo. Questionado sobre Orestes Quércia, Alckmin
afirmou que o PSDB já contava
que na disputa em São Paulo tivesse de cinco a sete pré-candidatos, mas que "o favoritismo
do Serra é muito grande".
Alckmin era o que mais insistia para que Serra não indicasse
o vice de sua chapa ao governo
paulista enquanto houvesse esperança de um acordo com o
PMDB, pois essa aliança o ajudaria na disputa presidencial.
Ele disse que, ao contrário de
Lula, a coligação que o sustenta
(PSDB-PFL) lhe "garante bons
palanques nos Estados e o
maior tempo de televisão".
Ao lado do governador Aécio
Neves (PSDB-MG), Alckmin
evitou dizer se atenderá ao pedido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que seus aliados devem fazer
a comparação entre os governos FHC e Lula: "Sempre que
necessário, nós vamos defender o governo do presidente
Fernando Henrique". Mas logo
depois afirmou: "Nós vamos falar do futuro, que é o que interessa à população brasileira".
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