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PT usa índices distintos quando compara gestões
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para comparar seus gastos oficiais em publicidade
com os do período tucano,
o governo petista usa um
índice de preços que rejeita quando o objetivo é a
comparação dos gastos sociais, num exemplo de como a guerra de estatísticas
pode distorcer a avaliação
das duas administrações.
O índice, o IGP da Fundação Getúlio Vargas, faz
parecer maiores os valores
dos anos FHC, o que é conveniente para negar acusações de aumento em publicidade, mas desastroso
para louvar o desempenho
na área social. Nos últimos
dois anos do tucanato, o
IGP-M e o IGP-DI registraram inflação acumulada de quase 40%. No período, o IPCA, usado para
as metas do Banco Central, variou em 21,2%.
O governo Lula divulga
levantamento de gastos
com publicidade desde
1998. Pelos dados, o petista teve seu pico em 2004,
com R$ 940 milhões, quase igual ao pico tucano de
R$ 937,5 milhões em 2001
(em valores corrigidos pelo IGP-M). Porém, o Ministério da Fazenda petista consideraria a escolha
do índice imprópria.
Ao menos, foi o que fez
no ano passado, quando o
economista petista Márcio Pochmann concluiu
que os gastos sociais da
União haviam caído 1,31%
na comparação entre os
dois primeiros anos de Lula e os dois últimos de
FHC. O IGP-DI, usado por
Pochmann, é "fortemente
influenciado pela variação
cambial", disse a Fazenda
ao rebater o estudo.
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