São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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PT usa índices distintos quando compara gestões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para comparar seus gastos oficiais em publicidade com os do período tucano, o governo petista usa um índice de preços que rejeita quando o objetivo é a comparação dos gastos sociais, num exemplo de como a guerra de estatísticas pode distorcer a avaliação das duas administrações.
O índice, o IGP da Fundação Getúlio Vargas, faz parecer maiores os valores dos anos FHC, o que é conveniente para negar acusações de aumento em publicidade, mas desastroso para louvar o desempenho na área social. Nos últimos dois anos do tucanato, o IGP-M e o IGP-DI registraram inflação acumulada de quase 40%. No período, o IPCA, usado para as metas do Banco Central, variou em 21,2%.
O governo Lula divulga levantamento de gastos com publicidade desde 1998. Pelos dados, o petista teve seu pico em 2004, com R$ 940 milhões, quase igual ao pico tucano de R$ 937,5 milhões em 2001 (em valores corrigidos pelo IGP-M). Porém, o Ministério da Fazenda petista consideraria a escolha do índice imprópria.
Ao menos, foi o que fez no ano passado, quando o economista petista Márcio Pochmann concluiu que os gastos sociais da União haviam caído 1,31% na comparação entre os dois primeiros anos de Lula e os dois últimos de FHC. O IGP-DI, usado por Pochmann, é "fortemente influenciado pela variação cambial", disse a Fazenda ao rebater o estudo.


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