São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

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Ex-governador foi acusado de desviar verbas

DA REDAÇÃO

Joaquim Roriz já governou o Distrito Federal em quatro ocasiões -a primeira como governador nomeado (1988-90) e três vezes como eleito (91-95, 99-02 e 03-06).
Na sua última eleição para governador, foi acusado pelo Ministério Público de ter desviado dinheiro da Companhia de Desenvolvimento do Planalto para a campanha eleitoral por meio do Instituto Candango de Solidariedade e duas empresas privadas.
Segundo os procuradores, a Codeplan transferiu R$ 48 milhões em 2002 ao ICS, que os repassou às empresas Adler e Linknet. As provas eram as notas fiscais. Em abril de 2004, o TSE arquivou o processo alegando que as notas não tinham sido encaminhadas à perícia.
As gestões de Roriz também já lhe renderam outros processos. Em setembro de 2001, foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa por ter distribuído 49 lotes de terras públicas para entidades religiosas e associações civis entre 1993 e 1994. Também já foi acusado de compra irregular de remédios e fraude contábil. A maioria das ações contra ele foi arquivada.
Natural de Luziânia (GO), onde foi vereador de 1962 a 1966, Roriz foi eleito deputado estadual pelo PMDB de Goiás em 1978. Aliado do senador Henrique Santillo (PMDB), deixou o PMDB em 1980 para fundar o PT em Goiás, mas os dois logo voltaram ao PMDB. Roriz foi eleito deputado federal em 1982 e vice-governador de Goiás em 1986, na chapa de Santillo. No ano seguinte, o governador o nomeou interventor na Prefeitura de Goiânia.
Em 1988, o presidente José Sarney o nomeou governador do Distrito Federal. Em março de 1990 assumiu o Ministério da Agricultura na gestão de Fernando Collor. Renunciou após 14 dias para concorrer ao governo do Distrito Federal, que passara a ter eleição direta. Venceu no primeiro turno. No governo, Roriz transferiu mais de 500 mil pessoas que moravam em favelas para oito cidades-satélites, com casa própria.
Em 1993, Roriz teve seu nome citado na CPI do Orçamento, que solicitou a quebra de sigilo bancário do governador e expôs suposto superfaturamento do metrô de Brasília. Em 1998, Roriz voltou a ser eleito governador, apoiado pelo então candidato ao Senado Luiz Estevão, que seria cassado em 2000. Roriz foi reeleito em 2002.


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