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Ex-governador foi acusado de desviar verbas
DA REDAÇÃO
Joaquim Roriz já governou o Distrito Federal em
quatro ocasiões -a primeira
como governador nomeado
(1988-90) e três vezes como
eleito (91-95, 99-02 e 03-06).
Na sua última eleição para
governador, foi acusado pelo
Ministério Público de ter
desviado dinheiro da Companhia de Desenvolvimento
do Planalto para a campanha
eleitoral por meio do Instituto Candango de Solidariedade e duas empresas privadas.
Segundo os procuradores,
a Codeplan transferiu R$ 48
milhões em 2002 ao ICS, que
os repassou às empresas
Adler e Linknet. As provas
eram as notas fiscais. Em
abril de 2004, o TSE arquivou o processo alegando que
as notas não tinham sido encaminhadas à perícia.
As gestões de Roriz também já lhe renderam outros
processos. Em setembro de
2001, foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa por ter
distribuído 49 lotes de terras
públicas para entidades religiosas e associações civis entre 1993 e 1994. Também já
foi acusado de compra irregular de remédios e fraude
contábil. A maioria das ações
contra ele foi arquivada.
Natural de Luziânia (GO),
onde foi vereador de 1962 a
1966, Roriz foi eleito deputado estadual pelo PMDB de
Goiás em 1978. Aliado do senador Henrique Santillo
(PMDB), deixou o PMDB em
1980 para fundar o PT em
Goiás, mas os dois logo voltaram ao PMDB. Roriz foi eleito deputado federal em 1982
e vice-governador de Goiás
em 1986, na chapa de Santillo. No ano seguinte, o governador o nomeou interventor
na Prefeitura de Goiânia.
Em 1988, o presidente José Sarney o nomeou governador do Distrito Federal.
Em março de 1990 assumiu o
Ministério da Agricultura na
gestão de Fernando Collor.
Renunciou após 14 dias para
concorrer ao governo do Distrito Federal, que passara a
ter eleição direta. Venceu no
primeiro turno. No governo,
Roriz transferiu mais de 500
mil pessoas que moravam
em favelas para oito cidades-satélites, com casa própria.
Em 1993, Roriz teve seu
nome citado na CPI do Orçamento, que solicitou a quebra de sigilo bancário do governador e expôs suposto superfaturamento do metrô de
Brasília. Em 1998, Roriz voltou a ser eleito governador,
apoiado pelo então candidato ao Senado Luiz Estevão,
que seria cassado em 2000.
Roriz foi reeleito em 2002.
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