São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Amparado por parentes e Serra, FHC se emociona no enterro de Ruth Cardoso

DA REPORTAGEM LOCAL

A antropóloga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso foi enterrada às 10h40 de ontem, no cemitério da Consolação, no centro de São Paulo.
Muito emocionado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso colocou um cesto de rosas brancas sobre o túmulo e chorou ao lado dos filhos, Paulo Henrique, Luciana e Beatriz, e de seus netos. Logo em seguida, ele recebeu um abraço do governador de São Paulo, José Serra.
O enterro foi realizado ao som das trombetas do Regimento da Cavalaria Nove de Julho. A cerimônia durou menos de uma hora. Estavam presentes cerca de 200 pessoas, entre familiares, amigos e curiosos. Mais de 300 coroas de flores foram enviadas em homenagem.
Ruth e Fernando Henrique estavam casados havia 55 anos. Muito antes de se tornar primeira-dama, em 1995, Ruth já tinha uma importante carreira como antropóloga, com obras que foram referência na área.
Na gestão tucana, implantou o Comunidade Solidária, responsável pela alfabetização de 3 milhões de jovens e por estimular a organização de mulheres artesãs em cooperativas de produção. Ao final do enterro, o filho Paulo Henrique homenageou o trabalho da mãe colocando sobre a lápide uma boneca símbolo do programa Artesanato Solidário e que ficava no escritório da ex-primeira-dama em São Paulo.
Após o enterro, Serra, o chefe da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo e ex-ministro de FHC, Clóvis Carvalho, o senador Tasso Jereissati, o secretário de Subprefeituras de São Paulo, Andrea Matarazzo, entre outros, foram até o apartamento de FHC.
O ex-presidente chegou ontem por volta das 8h30 à Sala São Paulo, local em que o corpo da ex-primeira-dama foi velado no dia anterior. O cortejo saiu às 10h.
No enterro, também estiveram presentes o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab. O caixão estava envolto pelas bandeiras do Brasil e de Araraquara, cidade natal de Ruth.
"Ela contribuiu para que tivéssemos uma percepção de como construir uma nação solidária e justa", disse o senador Eduardo Suplicy (PT), que puxou palmas para Ruth.


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