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QUESTÃO AGRÁRIA
Governo suspende negociação com MST
Sem-terra ligados ao MST fazem reféns na sede do Incra em Alagoas
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelo menos 15 funcionários da
seção alagoana do Incra (Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Maceió, foram
mantidos ontem reféns por cerca
de 500 sem-terra. Entre os reféns,
estava o superintendente do órgão, José Quixabeira Neto.
Devido à invasão, o Ministério
do Desenvolvimento Agrário suspendeu ontem as negociações
com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra),
com a CPT (Comissão Pastoral da
Terra) e com MT (Movimento
dos Trabalhadores) em todo o
país. Segundo nota oficial divulgada no início da noite, as organizações também serão punidas
com a suspensão de créditos "de
qualquer natureza a entidades ligadas a esses movimentos".
Os sem-terra ligados às três organizações invadiram a sede do
Incra por volta das 10h, segundo a
Polícia Militar. A Justiça Federal
em Alagoas emitiu uma ordem de
despejo, logo após a invasão dos
sem-terra. Por volta das 22h, os
reféns, incluindo o superintendente do órgão, foram libertados.
Somente a partir das 18h começaram as negociações com policiais federais e militares e integrantes do governo do Estado.
Foi decidido que os manifestantes iriam libertar os reféns e ficar
acampados em frente ao prédio
do órgão até que a presidência do
Incra, em Brasília, se manifestasse
sobre a substituição ou não de
Quixabeira -como os sem-terra
exigiam. Até lá, nenhuma exigência será atendida.
Logo após a invasão, a Justiça
Federal em Alagoas emitiu uma
ordem de despejo. Apesar do clima tenso, não houve feridos e as
polícias militar e civil não precisaram intervir. Segundo a polícia, os
sem-terra estavam armados com
pedaços de pau.
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