São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009

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Alencar deixa UTI, mas não há previsão de alta de hospital

Equipe médica diz que não cederá à pressão do vice para deixar local, como ocorreu na última quinta

DA REPORTAGEM LOCAL

O vice-presidente da República, José Alencar, 77, recebeu alta da UTI do hospital Sírio-Libanês, onde se submeteu a uma nova cirurgia, na última sexta-feira, para tratamento de câncer na região abdominal. Não há, no entanto, previsão de alta. Ele seguirá internado nesta semana, em São Paulo.
Segundo a Folha apurou, a equipe médica não cederá à pressão de Alencar para deixar o hospital, como ocorreu na quinta-feira da semana passada. Na ocasião, ele havia insistido para deixar o local, onde estava internado havia 15 dias.
Os médicos permitiram sua saída, mas ele retornou ao hospital no dia seguinte pela manhã, depois de passar a madrugada sentindo fortes cólicas. Foi submetido a cirurgia realizada pelos médicos Raul Cutait e Ademar Lopes, com o objetivo de desobstruir o intestino grosso. Na mesma oportunidade foi feita uma incisão no abdome para drenagem intestinal, por intermédio de uma bolsa externa (colostomia).
Essa foi a 15ª cirurgia a que o vice-presidente se submeteu. O procedimento durou cerca de quatro horas e meia.
Ontem, o hospital informou que a recuperação de José Alencar "tem sido bastante satisfatória". No último sábado, ainda na UTI, a notícia era a de que ele se encontrava "disposto e conversando normalmente, estando com todos os sinais vitais preservados". Naquele dia pela manhã, ele recebeu um telefonema do presidente Lula, que ainda se encontrava em viagem ao Paraguai.
O vice-presidente luta contra um câncer na região abdominal desde 1997. Ele também faz um tratamento experimental no Centro Oncológico MD Anderson, nos Estados Unidos, um dos maiores centros especializados em câncer do mundo.
Na semana passada, na saída do hospital Sírio-Libanês, ele havia dito que está reagindo bem à medicação, que ainda está em fase de testes.
Em janeiro deste ano, Alencar se submeteu a 18 horas de cirurgia de alta complexidade para retirada de tumores no abdome. Em maio, exames detectaram novos tumores. Nessa ocasião, os médicos optaram pelo tratamento nos EUA.


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