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Alencar deixa UTI, mas não há previsão de alta de hospital
Equipe médica diz que não cederá à pressão do vice para deixar local, como ocorreu na última quinta
DA REPORTAGEM LOCAL
O vice-presidente da República, José Alencar, 77, recebeu
alta da UTI do hospital Sírio-Libanês, onde se submeteu a
uma nova cirurgia, na última
sexta-feira, para tratamento de
câncer na região abdominal.
Não há, no entanto, previsão de
alta. Ele seguirá internado nesta semana, em São Paulo.
Segundo a Folha apurou, a
equipe médica não cederá à
pressão de Alencar para deixar
o hospital, como ocorreu na
quinta-feira da semana passada. Na ocasião, ele havia insistido para deixar o local, onde estava internado havia 15 dias.
Os médicos permitiram sua
saída, mas ele retornou ao hospital no dia seguinte pela manhã, depois de passar a madrugada sentindo fortes cólicas.
Foi submetido a cirurgia realizada pelos médicos Raul Cutait
e Ademar Lopes, com o objetivo de desobstruir o intestino
grosso. Na mesma oportunidade foi feita uma incisão no abdome para drenagem intestinal, por intermédio de uma
bolsa externa (colostomia).
Essa foi a 15ª cirurgia a que o
vice-presidente se submeteu. O
procedimento durou cerca de
quatro horas e meia.
Ontem, o hospital informou
que a recuperação de José
Alencar "tem sido bastante satisfatória". No último sábado,
ainda na UTI, a notícia era a de
que ele se encontrava "disposto
e conversando normalmente,
estando com todos os sinais vitais preservados". Naquele dia
pela manhã, ele recebeu um telefonema do presidente Lula,
que ainda se encontrava em
viagem ao Paraguai.
O vice-presidente luta contra
um câncer na região abdominal
desde 1997. Ele também faz um
tratamento experimental no
Centro Oncológico MD Anderson, nos Estados Unidos, um
dos maiores centros especializados em câncer do mundo.
Na semana passada, na saída
do hospital Sírio-Libanês, ele
havia dito que está reagindo
bem à medicação, que ainda está em fase de testes.
Em janeiro deste ano, Alencar se submeteu a 18 horas de
cirurgia de alta complexidade
para retirada de tumores no
abdome. Em maio, exames detectaram novos tumores. Nessa ocasião, os médicos optaram
pelo tratamento nos EUA.
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