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ELEIÇÕES 2006
Aprovação aos congressistas cresce, apesar de escândalos
Reprovação cai de 40%, em julho, para 37%, em agosto
DA REDAÇÃO
Apesar de escândalos como o
do mensalão e o dos sanguessugas, a avaliação do Congresso
Nacional melhorou de julho
para agosto: a taxa de aprovação subiu de 13% para 17% -o
mesmo nível alcançado em dezembro de 2004, antes do início do escândalo do mensalão.
Simultaneamente, a taxa de
reprovação caiu de 40% para
37% -próxima à existente no
final de maio de 2005, antes das
entrevistas do então deputado
Roberto Jefferson (PTB-RJ)
denunciando o pagamento de
um "mensalão" a deputados.
Os congressistas são mais
bem avaliados pelos moradores
das regiões Norte/Centro-Oeste (20%) e Nordeste (19%). Os
eleitores mais críticos estão no
Sudeste (39% de ruim/péssimo) e no Sul (36%).
Dentro do Sudeste, a taxa de
reprovação atinge 43% em São
Paulo (contra 13% de aprovação) e 42% no Rio (contra 11%
de aprovação). O Rio é o Estado
com maior número de parlamentares acusados de envolvimento no escândalo dos sanguessugas. Em Minas, a taxa de
aprovação é sensivelmente
maior: 20% (a de reprovação fica em 31%).
A avaliação dos parlamentares melhora à medida que se caminha das capitais para os municípios do interior: nas primeiras, apenas 15% avaliam o
desempenho dos legisladores
como ótimo/bom. Esse índice
cresce para 16% nos demais
municípios das regiões metropolitanas e alcança 18% nas cidades do interior.
Estratos
Os homens são bem mais críticos que as mulheres em relação aos congressistas: 42% do
eleitorado masculino considera o desempenho dos senadores e deputados federais como
ruim/péssimo. Essa taxa fica
em 32% entre as mulheres.
As taxas de aprovação ao Legislativo federal despencam à
medida que a escolaridade aumenta: 20% dos eleitores com o
ensino fundamental aprovam a
atuação dos parlamentares.
Essa taxa declina para 15%,
entre aqueles que têm o ensino
médio, e para 10%, entre os que
possuem curso superior. As taxas de reprovação mostram
uma tendência inversa: elas aumentam de 30% entre os eleitores menos escolarizados para
51% entre os mais instruídos.
Um quadro semelhante pode
ser observado considerando a
renda familiar mensal. A taxa
de aprovação diminui à medida
que a renda aumenta: 20% de
ótimo/bom na faixa que vive
com até 2 salários mínimos,
15% entre os que ganham de 2 a
5 salários, 12% no estrato entre
5 e 10 salários, e apenas 11% entre aqueles que têm uma renda
familiar superior a 10 salários.
Os simpatizantes do PSDB
são os mais críticos em relação
ao atual Congresso: 47% de reprovação contra 13% de aprovação. Os adeptos do PMDB
têm uma avaliação diferente:
22% de aprovação e 33% de reprovação. Os simpatizantes do
PT e do PFL exibem a mesma
taxa de aprovação (20%) e taxas semelhantes de reprovação
(34% e 36%, respectivamente).
Por religião, os espíritas são
os mais críticos (52% de reprovação). Entre os pentecostais, a
reprovação cai a 32%.
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