São Paulo, domingo, 27 de agosto de 2006

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outro lado

Dinheiro foi de empréstimos, diz deputado

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado estadual Mário Reali (PT-SP), presidente do diretório municipal de Diadema (SP) à época da campanha eleitoral de José de Filippi Júnior (PT), em 2004, informou, por meio de sua assessoria, que os R$ 139 mil que circularam pela conta bancária da campanha de Filippi sem origem identificada foram "empréstimos para pagamentos de despesas contraídas".
Segundo a assessoria, a campanha estava dispensada de informar à Justiça Eleitoral os nomes das empresas ou pessoas que emprestaram o dinheiro.
"Conforme legislação vigente da época, empréstimos não configuram doações, uma vez que são quantias que entram e saem da movimentação financeira sem aumentar a receita/arrecadação ou onerar as despesas", informou a assessoria.
Indagada sobre a lei que autorizava as operações, a assessoria não informou.
"Vale ressaltar que a Justiça Eleitoral, por meio de técnicos e analistas treinados e experientes, questionou a transação com o valor citado. Após explicações apresentadas pela campanha, a prestação de contas foi aprovada pelos técnicos, analistas, Ministério Público e pela própria juíza eleitoral que julgou o caso."
O atual presidente do PT de Diadema, Antônio Lusairto Fidélis, disse que desconhecia os empréstimos usados na campanha de 2004. Sobre as dívidas de campanha assumidas pelo partido, Fidélis disse que a sigla quer resolver o assunto até o final deste ano. Ele reconheceu, no entanto, que não sabia quem eram os credores e afirmou que eles não o cobraram desde que assumiu o cargo, em outubro último. "Pelo menos na minha gestão nenhum fez contato ainda." (RV)


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