São Paulo, domingo, 27 de agosto de 2006

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outro lado

Partido isenta candidato e diz estar cumprindo as exigências da legislação

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, coordenador da campanha de Aloizio Mercadante, isentou o candidato ao governo de São Paulo das eventuais irregularidades praticadas por candidatos a deputado durante os eventos públicos.
"Caso algum candidato tenha adotado prática que contrarie a legislação vigente é necessário que seja apurada pela Justiça Eleitoral", disse ele, por meio de nota enviada ao jornal. "No que nos cabe, reafirmamos que estamos cumprindo todas as exigências da lei", completou.
Frateschi disse, ainda, que todos os candidatos receberam orientações de como se comportar durante a campanha. "Após a escolha de seus candidatos, o PT realizou seminários, editou cartilhas e manteve seu corpo jurídico à disposição de todos os candidatos a fim de que não restassem dúvidas quanto à nova legislação."
O candidato Regional Camilo dos Santos negou ter prometido patrocínio ao time formado por garotos que carregava cartazes em Jandira. "A gente repudia o assistencialismo."
Ainda segundo o candidato, vereador e líder do governo de Jandira, ele desenvolve políticas de incentivo ao esporte e lazer dos jovens e desconhece os motivos que levaram o grupo a participar da campanha.
Santos chegou a afirmar que os garotos estavam acompanhados dos pais, mas voltou atrás após ser levado até o grupo de crianças para apontá-los.
Comportamento semelhante teve o colega de Barueri, Baltasar Rosa da Silva, 48. "Eu nego veementemente", disse ao ser questionado sobre os militantes contratados para carregar suas bandeiras e gritar seu nome em visita de Mercadante.
Ao ser informado que a reportagem teve acesso à lista de pessoas contratadas e falou com os "funcionários", o político deu outra versão. "Pode ser o pessoal que fica nos bairros entregando santinho, panfleto. Assumimos uma ajuda de custo." Silva disse em seguida que a necessidade de contratação de funcionários se dava pela dificuldade do partido em se expandir na cidade.
A assessoria de Marcos Martins disse desconhecer o militante ouvido pela reportagem e informou não possuir grupo político em Francisco Morato. "A bandeira do candidato deve ter sido carregada por engano."
A Folha procurou Agnério Neri Ferreira, mas o telefone informado por ele era de outra pessoa, que não o conhecia.


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