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Foco
"O meu cartão é branco, da paz", diz Sarney a Virgílio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois de receber
cartão vermelho de Eduardo
Suplicy (PT-SP), o presidente
do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), pediu desculpas
ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), por
ter sugerido em uma entrevista que os tucanos teriam
iniciado a crise na Casa.
Em seguida, Sarney reforçou o pedido de trégua ao se
dirigir a Arthur Virgílio
(PSDB-AM). Sorrindo, disse:
"O meu cartão é branco, o
cartão da paz", em alusão ao
gesto de Suplicy anteontem.
O aceno tem significado especial. O tucano foi o autor de
6 das 11 denúncias contra Sarney. Tudo foi arquivado sem
investigação pelo Conselho
de Ética na semana passada.
O Senado ainda não está
pacificado, mas o tom dos discursos foi mais ameno ontem.
Os tucanos foram mais comedidos. Sérgio Guerra (PE) disse em plenário que seu partido "jamais conspirou contra o
mandato" de Sarney.
"Senador Sérgio Guerra, tenho muito apreço por Vossa Excelência e jamais deixaria de
considerar as explicações de
Vossa Excelência dizendo que o
PSDB não teve nenhuma responsabilidade na origem dessa
crise. Aceito. E, se na hora eu fui
induzido pela pergunta feita pelo repórter a dizer isso, peço desculpas", respondeu Sarney.
Mas enquanto PSDB e PMDB
começam a se entender, no PT a
divisão da bancada mantém o
assunto na pauta. O senador Suplicy voltou a defender no plenário o afastamento de Sarney
da presidência da casa. À Folha,
ele afirmou que o partido deu as
costas para a militância.
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