São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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"O meu cartão é branco, da paz", diz Sarney a Virgílio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia depois de receber cartão vermelho de Eduardo Suplicy (PT-SP), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pediu desculpas ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), por ter sugerido em uma entrevista que os tucanos teriam iniciado a crise na Casa.
Em seguida, Sarney reforçou o pedido de trégua ao se dirigir a Arthur Virgílio (PSDB-AM). Sorrindo, disse: "O meu cartão é branco, o cartão da paz", em alusão ao gesto de Suplicy anteontem.
O aceno tem significado especial. O tucano foi o autor de 6 das 11 denúncias contra Sarney. Tudo foi arquivado sem investigação pelo Conselho de Ética na semana passada.
O Senado ainda não está pacificado, mas o tom dos discursos foi mais ameno ontem. Os tucanos foram mais comedidos. Sérgio Guerra (PE) disse em plenário que seu partido "jamais conspirou contra o mandato" de Sarney.
"Senador Sérgio Guerra, tenho muito apreço por Vossa Excelência e jamais deixaria de considerar as explicações de Vossa Excelência dizendo que o PSDB não teve nenhuma responsabilidade na origem dessa crise. Aceito. E, se na hora eu fui induzido pela pergunta feita pelo repórter a dizer isso, peço desculpas", respondeu Sarney.
Mas enquanto PSDB e PMDB começam a se entender, no PT a divisão da bancada mantém o assunto na pauta. O senador Suplicy voltou a defender no plenário o afastamento de Sarney da presidência da casa. À Folha, ele afirmou que o partido deu as costas para a militância.


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