São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2006

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Reeleição faria Brasil perder 4 anos, diz tucano

DA SUCURSAL DO RIO

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que "o futuro governo do PT acaba antes de começar". Segundo ele, a eventual reeleição de Lula fará o Brasil perder quatro anos porque não terá governabilidade nem vai promover as reformas política e tributária.
As declarações foram feitas em entrevista a correspondentes estrangeiros, no Rio, quando Alckmin prometeu a reforma política "em janeiro, antes de abrir o Congresso". Ele defende fidelidade partidária e voto distrital, puro ou com, no máximo, 20% a 30% em lista.
"Não acredito em reforma em caso de reeleição. Se teve quatro anos e não fez, é óbvio que não vai fazer. Um futuro governo do PT acaba antes de começar. (...) O Brasil vai perder tempo, quatro anos, e não pode perder tempo. Nosso tempo é o da mudança, da velocidade da mudança: reformas política e tributária."
O tucano considera que o primeiro ano, devido à legitimidade garantida pela eleição, é o indicado para fazer mudanças. Alckmin reiterou que vai para o segundo turno e disse que Lula tem grande rejeição no eleitorado.
"Vai ter segundo turno e Lula vai perder. Ele não agrega um ponto, não cresce, a rejeição é muito grande. Estamos praticamente no segundo turno. O primeiro turno é "quem eu quero". E no segundo turno, é "quem não quero". Lula não é candidato para segundo turno", disse.
Alckmin se irritou com um jornalista suíço, segundo quem "não há mistério" de que ele "não vai ser presidente". "Vejo que você não tem lido jornais nem visto TV nos últimos dias", replicou.
O tucano disse que Lula passa por uma crise de credibilidade. "A popularidade varia. O mais importante na política é a credibilidade. E ela foi corroída [no PT]."
Alckmin fez um paralelo com a disputa pelo governo de SP, em 2002, quando só assumiu a liderança nas pesquisas em 21 de setembro, perto da eleição. Na busca pelo segundo turno, diz o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), Alckmin vai intensificar os esforços no sul de Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, onde quer crescer com o apoio do governador Aécio Neves. As demais lideranças da aliança PSDB-PFL atuarão em seus Estados pedindo votos pelo candidato.0 (RAPHAEL GOMIDE)


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