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Reeleição faria Brasil perder 4 anos, diz tucano
DA SUCURSAL DO RIO
O presidenciável Geraldo
Alckmin (PSDB) afirmou ontem que "o futuro governo do
PT acaba antes de começar".
Segundo ele, a eventual reeleição de Lula fará o Brasil
perder quatro anos porque
não terá governabilidade
nem vai promover as reformas política e tributária.
As declarações foram feitas em entrevista a correspondentes estrangeiros, no
Rio, quando Alckmin prometeu a reforma política "em janeiro, antes de abrir o Congresso". Ele defende fidelidade partidária e voto distrital,
puro ou com, no máximo,
20% a 30% em lista.
"Não acredito em reforma
em caso de reeleição. Se teve
quatro anos e não fez, é óbvio
que não vai fazer. Um futuro
governo do PT acaba antes
de começar. (...) O Brasil vai
perder tempo, quatro anos, e
não pode perder tempo. Nosso tempo é o da mudança, da
velocidade da mudança: reformas política e tributária."
O tucano considera que o
primeiro ano, devido à legitimidade garantida pela eleição, é o indicado para fazer
mudanças. Alckmin reiterou
que vai para o segundo turno
e disse que Lula tem grande
rejeição no eleitorado.
"Vai ter segundo turno e
Lula vai perder. Ele não agrega um ponto, não cresce, a rejeição é muito grande. Estamos praticamente no segundo turno. O primeiro turno é
"quem eu quero". E no segundo turno, é "quem não quero".
Lula não é candidato para segundo turno", disse.
Alckmin se irritou com um
jornalista suíço, segundo
quem "não há mistério" de
que ele "não vai ser presidente". "Vejo que você não tem
lido jornais nem visto TV nos
últimos dias", replicou.
O tucano disse que Lula
passa por uma crise de credibilidade. "A popularidade varia. O mais importante na
política é a credibilidade. E
ela foi corroída [no PT]."
Alckmin fez um paralelo
com a disputa pelo governo
de SP, em 2002, quando só
assumiu a liderança nas pesquisas em 21 de setembro,
perto da eleição. Na busca
pelo segundo turno, diz o
prefeito do Rio, Cesar Maia
(PFL), Alckmin vai intensificar os esforços no sul de Minas, segundo maior colégio
eleitoral do país, onde quer
crescer com o apoio do governador Aécio Neves. As demais lideranças da aliança
PSDB-PFL atuarão em seus
Estados pedindo votos pelo
candidato.0
(RAPHAEL GOMIDE)
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