São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2006

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ANÁLISE

Em fim de campanha, "nada contra" ninguém

NELSON DE SÁ
COLUNISTA DA FOLHA

Chico Pinheiro, veterano de debates, avisou contra "baixo nível" e "ofensas". Foi seguido à risca. E nada de debate.
Serra, criticado à distância por Mercadante e Quércia, perguntava e respondia aos simpáticos Plínio e Apolinário. Como esperado, nada de segurança etc. Inesperadamente, quase nada de criticar Lula.
Mercadante, de sua parte, mal ouviu uma primeira pergunta e saiu falando sobre a tentativa de compra do dossiê por petistas, com envolvimento de "assessor", como descreveu. Sentindo-se vacinado, passou a bater o tema segurança, com o auxílio de Quércia, que chegou a descrever o petista como "o melhor senador" do país.
Mas os dois só foram trocar perguntas com Serra depois da meia-noite -e então Mercadante saiu dizendo que "todo o mundo esperava que eu viesse aqui brigar com você" e que não o faria. Perguntou, até diminuindo a voz, por que o tucano mal tratou de segurança.
Não foi diferente o jogo com Serra e Quércia. Este chegou a declarar não ter "nada contra" Serra, Mercadante ou Lula.
De sua parte, Plínio, tratando um por Aloizio e outro por Zé, dizendo serem "peixe de água doce e peixe de água salgada", dissolveu mais o conflito, no que foi seguido por Apolinário.
No fim, foi este último, por azar, a vítima do único "baixo nível" do debate, protagonizado pelo mediador. Apolinário, meio atrapalhado, avançou no seu tempo e escutou, mais de uma vez, de forma imperativa, "comporte-se!, comporte-se!".


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