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ANÁLISE
Em fim de campanha, "nada contra" ninguém
NELSON DE SÁ
COLUNISTA DA FOLHA
Chico Pinheiro, veterano de
debates, avisou contra "baixo
nível" e "ofensas". Foi seguido à
risca. E nada de debate.
Serra, criticado à distância
por Mercadante e Quércia, perguntava e respondia aos simpáticos Plínio e Apolinário. Como
esperado, nada de segurança
etc. Inesperadamente, quase
nada de criticar Lula.
Mercadante, de sua parte,
mal ouviu uma primeira pergunta e saiu falando sobre a
tentativa de compra do dossiê
por petistas, com envolvimento
de "assessor", como descreveu.
Sentindo-se vacinado, passou a
bater o tema segurança, com o
auxílio de Quércia, que chegou
a descrever o petista como "o
melhor senador" do país.
Mas os dois só foram trocar
perguntas com Serra depois da
meia-noite -e então Mercadante saiu dizendo que "todo o
mundo esperava que eu viesse
aqui brigar com você" e que não
o faria. Perguntou, até diminuindo a voz, por que o tucano
mal tratou de segurança.
Não foi diferente o jogo com
Serra e Quércia. Este chegou a
declarar não ter "nada contra"
Serra, Mercadante ou Lula.
De sua parte, Plínio, tratando
um por Aloizio e outro por Zé,
dizendo serem "peixe de água
doce e peixe de água salgada",
dissolveu mais o conflito, no
que foi seguido por Apolinário.
No fim, foi este último, por
azar, a vítima do único "baixo
nível" do debate, protagonizado pelo mediador. Apolinário,
meio atrapalhado, avançou no
seu tempo e escutou, mais de
uma vez, de forma imperativa,
"comporte-se!, comporte-se!".
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