São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Poder Legislativo

A horas da votação da CPMF na Câmara, "foi batido o martelo", segundo Lauro Jardim, na Veja On-line, e "a disputada diretoria internacional da Petrobras vai mesmo para os braços da bancada federal do PMDB". A diretoria vai investir, "só este ano", R$ 2,3 bilhões.
A decisão foi "uma derrota para os peemedebistas Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá, que lutavam pela manutenção" do atual diretor. Algumas horas mais e o PMDB do Senado derrubou, no voto, a secretaria criada por Lula para Mangabeira Unger.
Na manchete do Globo Online, "PMDB puxa tapete do governo" por estar "descontente com o tratamento recebido". E depois da Câmara tem CPMF no Senado.

PORTAS ABERTAS
Enquanto o site do "Wall Street Journal" já analisava a desistência da Exxon da América do Sul como uma reação à renegociação de contratos em países como a Venezuela, a Agência Nacional de Petróleo avisou à Reuters que "Brasil não vai renegociar" como os vizinhos. E à Bloomberg que, além de Petrobras, a mesma Exxon, mais as gigantes BP, Repsol, Chevron e outras estarão no leilão de novembro.

BRASIL E AS AMÉRICAS
Nas manchetes de Folha Online, UOL, Terra, G1, a bolsa "passa dos 59 mil pontos". E mais, "só o Brasil recuperou patamar pré-crise no continente", "único nas Américas". Efeito da "percepção de que emergentes têm desempenho melhor que EUA", dizia o site de "O Estado de S. Paulo".
Enquanto isso, Lula falou a Charlie Rose na americana PBS, com acesso on-line, e alardeou, no destaque da Bloomberg, que "a maior economia da América Latina está afinal tendo crescimento forte com inflação baixa". E prometeu "controlar a inflação por todos os meios".

DE SAÍDA DOS EUA
O "WSJ" tratou da "busca de refúgio no exterior" para os americanos, com o dólar em queda recorde, a um passo de valer menos que o canadense.
Para gerentes de aplicação, "não, não é tarde demais" e, "se ficar só em dólar, o mundo deixa você para trás". O texto sugeriu ações de emergentes.

"NOUVELLE VAGUE"
Já o financeiro francês "Les Echos" deu que "Brasil seduz nova onda de investidores". Cita números, casos franceses e de outros europeus, ouve o ministro Guido Mantega -e compara a onda às "grandes privatizações dos anos 90".

ÀS COMPRAS NOS EUA
Em especial sobre fusões e aquisições, com reportagens longas sobre o Brasil, o "Financial Times" destacou a compra da texana Chaparral pela brasileira Gerdau -e concluiu que o país "deverá continuar aproveitando a fraqueza nos desenvolvidos".

"DENTES AFIADOS"
Mais do "FT". O avanço das empresas de emergentes, com exemplos dos quatro Brics, sobre as empresas dos EUA e outros seria efeito do crédito maior e do crescimento que supera os mercados internos. Por aqui, o estopim teria sido o "boom" das commodities.

BRICS, BUSH E O CLIMA
A agência Associated Press foi atrás dos emergentes, questionar sobre o encontro convocado por George W. Bush para discutir o clima, hoje, e ouviu questionamentos de China e Brasil. Da primeira, "para um país em desenvolvimento, a tarefa principal é reduzir a pobreza". Do segundo, "é um mito pensar que os países em desenvolvimento nada fazem para enfrentar a mudança no clima".
De todo modo, na manchete do estatal "China Daily", "Governo aprova plano de proteção ao meio ambiente".

LEILÃO DE CARBONO
Globo News e G1 cobriram "o primeiro leilão de crédito de carbono do mundo", ontem em São Paulo. A AP ecoou, mas dizendo que foi "o primeiro" segundo a bolsa brasileira -que o realizou.

CORTINA DE FUMAÇA
Meses atrás, o "Financial Times" deu uma "investigação" de primeira página sobre o mercado mundial de créditos de carbono, com evidências de "nenhuma redução nas emissões" e "fraudes".


NOVAS MÍDIAS
Em seus telejornais, em seus intervalos, sem parar a Rede Record anuncia a estréia do Record News para hoje, com entrevista de Lula. Enquanto isso, o blog de Jorge Moreno anunciou que Tereza Cruvinel é quem vai presidir a TV Brasil

TELE VS. TELE
Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, da Telmex, apareceu no "FT" dizendo à "rival" Telefônica "para abrir o jogo sobre planos no Brasil".
A espanhola, que já tem a Vivo, diz que não vai interferir na gestão da TIM se a compra for aprovada. "Falta clareza", diz o mexicano Slim, que já tem a Claro e tentou, antes da Telefônica, comprar a TIM.

INVASÃO GOOGLE
O site Relatório Reservado deu que a gigante Google vai fazer "download financeiro" de R$ 200 milhões no Brasil.
Deve ampliar o atual e abrir mais dois centros de pesquisa no país. A subsidiária passa a testar e "lançar produtos de classe mundial da Google". E o Brasil se torna, finalmente, a base operacional do site de relacionamento social Orkut.

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@ - Nelson de Sá


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