DA REPORTAGEM LOCAL

A Alstom diz ter feito o depósito em uma conta que é considerada de doleiro pela polícia por orientação de um corretor que intermediou a venda de debêntures e títulos da Cesp.
A venda foi feita pela Quantia Distribuição de Títulos e Valores, segundo a empresa. A praxe é que a comissão seja depositada na conta da própria distribuidora. A Alstom afirma que um diretor financeiro da empresa à época tomou a decisão de fazer o depósito na conta indicada pelo corretor. O diretor não trabalha mais na empresa, informa a Alstom.
Segundo a empresa, a comissão de 13% era proporcional à dificuldade de vender os papéis da Cesp.
A Alstom afirma ter vendido os títulos em 2003 porque enfrentava dificuldades financeiras. Segundo a assessoria da empresa, havia risco de a empresa não conseguir honrar a folha de pagamentos. É por esse motivo que a empresa aceitou pagar uma comissão não usual.
A Alstom diz que, se houve alguma ilicitude nessa operação, ele pode ter ocorrido por instrução do corretor que intermediou a venda dos títulos. A empresa afirma ter solicitado que a polícia investigasse o intermediário da venda, o que não ocorreu.
A Folha não conseguiu ouvir a versão da Quantia DTVM. O telefone da distribuidora não foi atendido em cinco tentativas feitas pela reportagem no final da tarde de sexta-feira.


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