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Defesa do caso Cisco critica acesso à investigação
Advogados só podem copiar páginas que citam cliente
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogados de investigados
da Operação Persona afirmaram ontem que a restrição imposta pelo juiz Alexandre Cassetari, da 4ª Vara da Justiça Federal Criminal de São Paulo, à
íntegra da investigação dificulta o trabalho de defesa.
Desde a eclosão do caso (dia
16), o juiz permite que todos
leiam os documentos. Segundo
advogados, cópias, no entanto,
só de páginas que citam seus
clientes ou que o envolvam.
Para Alberto Zacharias Toron, que defende Daniela Wink
Ruiz, vice-presidente da Cisco,
quando existe um processo que
envolve várias pessoas, "o advogado parte do pressuposto de
que as condutas se imbricam,
estão relacionadas."
O fato de o juiz autorizar a
leitura não resolve, diz Paulo
Iasz de Morais, que defende
Hélio Benetti Pedreira. "São
mais de cinco mil páginas. Não
tem como ler e analisar tudo isso sem fazer cópias."
Para o advogado Antonio
Ruiz Filho, que defende quatro
pessoas da Mude (Fernando
Grecco, José Roberto Pernomian, Marcelo Ikeda e Moacyr
Sampaio), o processo "é um todo", com vários fatos interligados, e, por isso, não pode ser
segmentado.
Celso Villardi, defensor de
Cid Guardia Filho e Ernani Maciel, afirma que, sem ler a íntegra, o advogado não pode orientar corretamente o cliente durante o interrogatório.
A Justiça informou que autoriza a leitura ao documento e
que reclamações devem ser feitas diretamente ao juiz.
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