|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Juiz decreta prisão preventiva de 9 envolvidos
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Alexandre Cassetari,
da 4ª Vara Federal Criminal de
São Paulo, decretou a prisão
preventiva de nove pessoas envolvidas na Operação Persona,
realizada para combater sonegação fiscal na importação de
equipamentos de informática.
As prisões foram pedidas pelo
Ministério Público Federal de
São Paulo.
Seis deles, que já estavam havia dez dias na custódia da PF,
foram transferidos para o CDP
(Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos -o fundador
da Cisco do Brasil, Carlos Carnevali, os executivos da distribuidora Mude Moacyr Sampaio, Hélio Pedreira, José Roberto Pernomian, o despachante aduaneiro Paulo Moreira e o
empresário Cid Guardia Filho.
Dois executivos da Mude
(Fernando Grecco e Marcelo
Ikeda), que haviam sido presos
por cinco dias e liberados em
seguida, retornam para a prisão. A Folha apurou que Ikeda
estava com as malas prontas
quando a Polícia Federal chegou ontem em sua casa.
O auditor aposentado da Receita Ernani Maciel também
teve a preventiva decretada.
Segundo a defesa, ele irá se entregar hoje à PF.
Segundo o juiz, os nove presos são os principais dirigentes
do suposto esquema de fraude
envolvendo a Cisco do Brasil.
Ainda não há uma denúncia
formal, portanto, eles não são
réus, mas investigados. "Embora ainda não estejamos diante
de provas inequívocas dos crimes praticados pelos representados, é inquestionável que,
com o grau de influência e comando de cada um desses investigados, há o risco de que
soltos voltem a praticar ações
idênticas em prejuízo à ordem
econômica", disse o juiz.
Segundo a Receita, nos últimos cinco anos, o grupo causou
um prejuízo de R$ 1,5 bilhão
aos cofres públicos.
O advogado Antonio Ruiz Filho, que defende Sampaio, Pernomian, Ikeda e Grecco, afirma
que irá pedir a revogação das
prisões. "Não há fato novo que
justifique as prisões."
Paulo Iasz de Morais, defensor de Pedreira, diz que, sem
uma denúncia formal, a detenção não tem sentido. "Além
disso, há dois anos o meu cliente estava afastado da empresa."
Celso Villardi (Cid e de Ernani) irá recorrer da decisão. A
Folha não conseguiu falar com
a defesa de Carnevali.
Texto Anterior: Outro lado: Banco diz desconhecer pagamento Próximo Texto: Defesa do caso Cisco critica acesso à investigação Índice
|