São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2008

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Para juntar forças, PMDB dá mão a vencedor

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Antes da contagem dos votos em Belo Horizonte, os políticos mineiros já davam início a uma recomposição política pós-eleição. O primeiro sinal partiu do ministro peemedebista Hélio Costa (Comunicações), representante do lado perdedor.
Mesmo apontando a "derrota política e moral" da aliança que sustentou Marcio Lacerda (PSB), Costa estendeu as mãos aos vencedores. "Tenho certeza de que BH estará em boas mãos em qualquer circunstância."
Questionado ontem pela manhã se havia chance de chamar o PMDB para compor governo de coalizão, Lacerda disse que falar sobre isso seria "muito prematuro".
Para o vice-presidente José Alencar (PRB), que apoiou Leonardo Quintão (PMDB), as arestas serão aparadas porque é "natural" a polarização entre as lideranças políticas que estão abrigadas em diferentes partidos. "Na política, sempre houve a polarização, é natural."
Costa, após ter batido forte no "caciquismo" do prefeito Fernando Pimentel (PT) e do governador Aécio Neves (PSDB), adotou tom conciliador. Disse não ter dificuldades de relacionamento com Pimentel e ressaltou a certeza de vitória de Aécio.
"O governador Aécio Neves se mostra um grande estrategista político, não perde nunca. Se o Leonardo [Quintão] ganhasse, ele ganharia, se o Marcio ganhasse, ele ganharia. Evidentemente é mais uma demonstração da sua competência política."
Potencial candidato a presidente, Aécio pode precisar do PMDB para se viabilizar candidato em 2010. Questionado se migraria para a sigla, disse: "Vamos com calma".
Costa lutará pelo apoio do tucano para sair candidato ao governo de MG. Mas, como a composição poderá ficar vinculada ao cenário nacional, ele já se aproxima do PT via ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).


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