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PRESSÃO
Ele recebe advogados e políticos
Jader gasta 3 horas por dia traçando defesa
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Desde que renunciou ao mandato, o ex-senador Jader Barbalho
(PMDB-PA) dedica em média
três horas de cada dia útil a reuniões com advogados e políticos
traçando estratégias de defesa nos
processos em que está envolvido e
definindo seu futuro político.
Até a semana passada, Jader
não havia sido chamado para depor na PF nos processos em que é
citado. Uma das ações que mais o
preocupa é a do Banpará. O Supremo Tribunal Federal abriu inquérito criminal para apurar a
participação de Jader no desvio de
dinheiro do banco.
Para Sábato Rossetti, um dos
advogados de Jader, ele não foi
chamado porque as acusações
"são todas infundadas". "Foi tudo
pirotecnia. A farsa contra Jader
está sendo desmontada."
Segundo ele, a perícia judicial
nos documentos do Banpará deve
ficar pronta até 5 de dezembro.
Com ela, diz o advogado, vai ficar
provado que o ex-senador não
tem envolvimento no caso.
Os procuradores e a PF dizem,
no entanto, já ter encontrado elementos suficientes para acusar
formalmente Jader e até pedir sua
prisão. Eles alegam que a burocracia os tem impedido de fazer
isso. "Enviei um pedido para quebra de sigilos de Jader há dois meses ao STF, mas até agora não obtive resposta", disse o delegado
Hélbio Dias Leite, da PF no Tocantins, que investiga desvios de
verba na extinta Sudam.
Para o delegado, Jader já deveria
ter sido ouvido. "Se tivesse condições financeiras, já teria feito isso
há muito tempo", disse o delegado, se referindo à falta de recursos
da superintendência da PF para
viajar de Palmas (TO) a Belém
com agentes para ouvir Jader.
Enquanto isso, os advogados do
ex-senador aguardam a perícia
em andamento sobre o desvio no
Banpará para entrarem com
ações contra a União.
Os processos relativos à extinta
Sudam estão mais adiantados. A
dificuldade é que os desvios ocorreram em vários Estados.
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