DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O delegado Protógenes Queiroz negou ontem que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) tenha financiado a Operação Satiagraha, chefiada por ele, e disse ter se surpreendido com o número total de oficiais do órgão que atuaram na investigação.
Protógenes disse que, ao longo da apuração do caso, trabalhou diretamente com dez homens da agência.
"Eram dois agentes em Brasília, quatro no Rio e quatro em São Paulo", afirmou. Assim como a PF, disse ele, a Abin também teve despesas com a operação, mas "trata-se do custo de deslocamento dos oficiais que estavam à disposição da Satiagraha".
A PF gastou R$ 466 mil com a operação que prendeu em julho o banqueiro Daniel Dantas; já a Abin, R$ 381 mil.
Sobre o total de agentes da Abin que atuaram na Satiagraha, Protógenes disse que se surpreendeu com o número (82), mas ressaltou que havia um revezamento a cada 15 dias. "Eles eram utilizados de forma pontual. Se perguntarem a todos os oficiais de inteligência sobre o conteúdo e os dados da Satiagraha, não saberiam informar." O delegado foi ontem ao Senado, onde foi recebido por deputados do PSOL e alguns senadores. (LUCAS FERRAZ)


Texto Anterior: Ex-diretor da Abin recebeu grampos da PF, diz agente
Próximo Texto: Promessas: Novo presidente da Asbin diz que devassará contas da entidade
Índice