São Paulo, segunda-feira, 27 de dezembro de 2004

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Prefeitura beneficia mais famílias

DO ENVIADO ESPECIAL

Os programas sociais Renda Cidadã e Viva Leite, do governador Geraldo Alckmin (PSDB), atendem menos do que o Renda Mínima e o Leve Leite, da Prefeitura de São Paulo, que até o dia 31 é administrada por Marta Suplicy (PT).
De acordo com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, 60 mil famílias são beneficiadas pelo Renda Cidadã. Cada uma recebe R$ 60 mensais. No próximo ano, outras 40 mil deverão se somar, oriundas do Alimenta São Paulo (distribuição de cestas básicas), que será desativado gradativamente.
O Renda Mínima, da Prefeitura de São Paulo, atende, de acordo com a Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade, a 178 mil famílias, com um complemento médio de R$ 120, segundo a prefeita Marta Suplicy.
Neste ano, enquanto o Estado reservou R$ 43,2 milhões para o pagamento do benefício, dos quais R$ 39,5 milhões haviam sido gastos, a prefeitura tinha uma dotação de R$ 187,6 milhões, mas, até a semana passada, foram pagos R$ 148,9 milhões. O Estado tem uma população de 37 milhões de habitantes, enquanto a capital abriga aproximadamente 10 milhões de pessoas.

Leite
Na distribuição de leite, o programa municipal também é mais abrangente que seu similar promovido pelo Estado. A assessoria de imprensa da Secretaria do Abastecimento da Prefeitura de São Paulo informou que são atendidas 970 mil crianças. Cada aluno das escolas de ensino fundamental recebe dois quilos de leite (o produto é fornecido em pó; cada quilo dá para fazer, segundo a secretaria, 7,7 litros de leite); os da escola de ensino infantil e creche recebem um quilo.
A prefeitura gasta aproximadamente R$ 90 milhões por ano com o programa, que é mantido durante o período escolar. O 1,4 milhão de quilos distribuídos mensalmente é suficiente para 10,7 milhões de litros por mês, ou 97 milhões de litros por ano.
Já o Viva Leite, da Secretaria Estadual da Agricultura, deve atender neste ano a 740 mil pessoas, a um custo de cerca de R$ 147 milhões. Segundo dados do Sigeo (Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária), disponíveis aos deputados na Assembléia Legislativa, o governo do Estado já gastou R$ 131,7 milhões desse valor. O produto é servido in natura, e não em pó, como faz a prefeitura. O Estado deverá distribuir neste ano 130 milhões de litros de leite tipo C, com teor de gordura mínimo de 3%, enriquecido com ferro.
A Prefeitura de São Paulo não tem um programa similar ao Alimenta São Paulo, que distribui cestas básicas a famílias carentes.


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